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Economia
Quinta - 22 de Junho de 2006 às 08:42

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Cerca de 16 mil hectares de lavouras plantadas de algodão transgênico pirateado, que foram interditados pelo Ministério da Agricultura, serão destruídos, conforme orientação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). A destruição acontecerá de forma química e mecânica em lavouras de 20 propriedades que estavam utilizando sementes geneticamente modificadas contrabandeadas, principalmente, do Paraguai e Argentina.

As plantações ficam nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia. Segundo o setor de fiscalização do Ministério da Agricultura, apesar de terem sido interditados apenas 16 mil hectares, a área com plantio de sementes de algodão contrabandeadas pode chegar a 200 mil hectares. A decisão de destruir as lavouras aconteceu na reunião da CTNBio realizada na noite da última terça-feira, em Brasília, que teve a participação da Procuradoria República.

As investigações estão sendo feitas desde maio. Um dos primeiros lotes encontrados foi de 450 hectares de algodão transgênico pirata em uma lavoura na fazenda Milagre, município de Centralina (MG). A plantação era mantida sob irrigação e estava escondida entre grandes lotes de cana-de-açúcar, que serviam como uma muralha natural.

No local foram diagnosticadas sementes com a tecnologia BR, da Monsanto, que ainda não tem a comercialização permitida no País. A suspeita é que da fazenda Milagre estivesse saindo a maior parte da semente pirata comercializada no Estado de Goiás e no Triângulo Mineiro. Segundo a assessoria de Imprensa do Ministério da Agricultura, as fiscalizações aumentarão no País, principalmente nos Estados da Bahia, Mato Grosso e Goiás.

De acordo com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), pelo menos 50% das sementes plantadas hoje no Brasil estão sendo pirateadas da Argentina e Paraguai, provocando queda na qualidade da fibra, baixa produtividade das lavouras e evasão fiscal.





Fonte: 24HorasNews

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