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Comercialização em Mato Grosso deve chegar a 4 milhões/toneladas
Os produtores de Mato Grosso deverão comercializar este ano cerca de 4 milhões de toneladas (t) de soja por meio dos dois novos mecanismos criados pelo governo, o Prêmio de Equalização para o Produtor (Pepro) e o Prêmio de Equalização da Soja (Pesoja). Os programas já foram regulamentados e a expectativa é que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publique o edital ainda esta semana.
Por meio desses dois instrumentos de comercialização, o governo federal irá pagar a diferença entre o preço de mercado e o valor de referência a ser arbitrado pela Conab, nos leilões. Caso os preços de venda sejam menores que os contratados, o governo cobre a diferença para o produtor, repassando o subsídio para os compradores e exportadores.
O coordenador do Departamento de Apoio à Comercialização de Commodities (CentroGrãos) da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), João Augusto Birkhan, estima que entre 25% e 30% da produção ainda não foram comercializadas. “Na verdade, esta produção já está nas mãos das tradings, porém os preços ainda não foram definidos. Por isso, tanto produtores quanto exportadores podem participar dos leilões da Conab”, explica.
O vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja), Glauber Silveira, acredita que apenas 500 mil toneladas de soja ainda não foram negociadas e estão nas mãos dos produtores.
Ele disse que os novos programas são boas alternativas de comercialização para o agricultor, que tem a opção de ofertar sua produção diretamente nos leilões, via Pepro, ou pelas tradings, por meio do Pesoja.
“A vantagem do Pepro e do Pesoja é que ambos permitem a equalização dos preços. Com eles, os produtores têm base de preço, inclusive para o mercado futuro. Pena que tenham chegado tarde, pois a maior parte da produção já foi negociada e entregue”, avalia o vice da Aprosoja.
Para o diretor administrativo da Aprosoja, Ricardo Tomcyzk, a medida vem tarde e com prêmios de equalização bem abaixo das necessidades dos produtores.
“O grande problema é o valor de referência que o governo está atribuindo para o preço da saca da soja (R$ 22,50), muito aquém dos preços médios de custo em Mato Grosso, que estão em torno R$ 27”, destaca Tomcyzk. Segundo ele, a medida vai propiciar melhorias no processo de comercialização, “mas não resolve o problema porque ainda ficará um vazio para se conseguir a equivalência entre os custos e a renda do produtor”.
Na análise do vice-presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, os leilões da Conab devem ser abertos com preços que não irão cobrir os custos de produção. “A própria Conab reconhece esta defasagem. Em um dos ensaios, a Companhia mostrou que para o produtor cobrir os custos teria que vender a soja por R$ 29, considerando uma produtividade de 45 sacas por hectare e taxa de câmbio (dólar) em R$ 2,16. Atualmente, com o dólar a R$ 2,26, o produtor precisaria no mínimo de R$ 27/saca para bancar os custos e não ter lucro nem prejuízo”, explica Silveira.
Segundo ele, os R$ 22,50 a serem estipulados pela Conab só consideram os custos variáveis (mão-de-obra, sementes, defensivos, transportes), deixando de lado os custos fixos como manutenção, depreciação, encargos, juros e seguros.
Por meio desses dois instrumentos de comercialização, o governo federal irá pagar a diferença entre o preço de mercado e o valor de referência a ser arbitrado pela Conab, nos leilões. Caso os preços de venda sejam menores que os contratados, o governo cobre a diferença para o produtor, repassando o subsídio para os compradores e exportadores.
O coordenador do Departamento de Apoio à Comercialização de Commodities (CentroGrãos) da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), João Augusto Birkhan, estima que entre 25% e 30% da produção ainda não foram comercializadas. “Na verdade, esta produção já está nas mãos das tradings, porém os preços ainda não foram definidos. Por isso, tanto produtores quanto exportadores podem participar dos leilões da Conab”, explica.
O vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja), Glauber Silveira, acredita que apenas 500 mil toneladas de soja ainda não foram negociadas e estão nas mãos dos produtores.
Ele disse que os novos programas são boas alternativas de comercialização para o agricultor, que tem a opção de ofertar sua produção diretamente nos leilões, via Pepro, ou pelas tradings, por meio do Pesoja.
“A vantagem do Pepro e do Pesoja é que ambos permitem a equalização dos preços. Com eles, os produtores têm base de preço, inclusive para o mercado futuro. Pena que tenham chegado tarde, pois a maior parte da produção já foi negociada e entregue”, avalia o vice da Aprosoja.
Para o diretor administrativo da Aprosoja, Ricardo Tomcyzk, a medida vem tarde e com prêmios de equalização bem abaixo das necessidades dos produtores.
“O grande problema é o valor de referência que o governo está atribuindo para o preço da saca da soja (R$ 22,50), muito aquém dos preços médios de custo em Mato Grosso, que estão em torno R$ 27”, destaca Tomcyzk. Segundo ele, a medida vai propiciar melhorias no processo de comercialização, “mas não resolve o problema porque ainda ficará um vazio para se conseguir a equivalência entre os custos e a renda do produtor”.
Na análise do vice-presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, os leilões da Conab devem ser abertos com preços que não irão cobrir os custos de produção. “A própria Conab reconhece esta defasagem. Em um dos ensaios, a Companhia mostrou que para o produtor cobrir os custos teria que vender a soja por R$ 29, considerando uma produtividade de 45 sacas por hectare e taxa de câmbio (dólar) em R$ 2,16. Atualmente, com o dólar a R$ 2,26, o produtor precisaria no mínimo de R$ 27/saca para bancar os custos e não ter lucro nem prejuízo”, explica Silveira.
Segundo ele, os R$ 22,50 a serem estipulados pela Conab só consideram os custos variáveis (mão-de-obra, sementes, defensivos, transportes), deixando de lado os custos fixos como manutenção, depreciação, encargos, juros e seguros.
Fonte:
Da Redação
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/293372/visualizar/
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