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Educação/Vestibular
Quarta - 21 de Junho de 2006 às 19:40

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A merenda dos alunos das unidades da rede estadual de ensino poderá ficar mais doce e nutritiva com a inclusão do mel. A adoção de políticas públicas adequadas em torno do consumo do produto, por sua vez, também pode vir a gerar incremento substancial para a economia em Mato Grosso.

Proposta nesse sentido foi feita pelo deputado José Carlos Freitas (PFL), através de projeto de lei que, além de obrigar a inclusão do mel na merenda escolar, também determina a promoção institucional do produto.

Segundo orientação de Freitas, nas licitações para aquisição de mel devem ser estabelecidos parâmetros mínimos de qualidade do produto, em conformidade com as instruções expedidas pelo órgão de agropecuária competente. A publicidade institucional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural, por sua vez, ficará responsável pela promoção do mel mato-grossense, devendo exaltar a qualidade das variedades produzidas no Estado.

“No intuito de qualificar a merenda escolar oferecida aos estudantes da rede estadual de ensino, em Mato Grosso, propus a inclusão do mel como um dos mais importantes alimentos a fazer parte do cardápio dos nossos estudantes, dada as propriedades nutricionais nele contidas”, explicou Freitas.

Na composição do produto são encontradas proteínas e sais minerais, tais como: sais de ferro, cobre, manganês, silício, cloro, cálcio, sódio, fósforo, alumínio, magnésio, enxofre e iodo, entre tantos outros, além de vitaminas como o complexo B, E, K, A e C. O mel também é considerado alimento de fácil digestão e diretamente assimilado pelo organismo humano, se constituindo em fonte de energia altamente saudável. O produto é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o alimento mais completo que existe para crianças, adultos e idosos.

Seus benefícios para o desenvolvimento das crianças são muitos: ele auxilia na digestão e no metabolismo; na calcificação óssea e no crescimento; na prevenção de anemias, na proteção do cérebro e do fígado, e no desenvolvimento da inteligência”, completou o parlamentar.

“Além de ser um alimento saudável e nutritivo, considere-se também, que a inclusão do mel na merenda escolar servirá de incentivo aos apicultores”, completou Freitas. Considerando que todas as escolas da rede estadual de ensino recebem recursos para a merenda escolar – de acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o total de alunos atendidos supera a casa dos 500 mil.

Cálculos de especialistas mostram que se cada um dos mais de 31 milhões de estudantes – apenas do Ensino Fundamental da rede pública brasileira – recebesse um sachê de mel com 5 gramas, por 180 dias do ano letivo escolar, seriam consumidos 28 mil toneladas por ano – o equivalente a 87% da produção nacional registrada em 2004 ou 70% do produzido em 2005.

Os mesmos especialistas alertam que o consumo do mel no Brasil é um dos mais baixos do mundo. “O brasileiro consome 60 gramas de mel por ano, enquanto – em alguns países da Europa – o consumo per capita anual fica em torno de 1 quilo. Na Alemanha, por exemplo, o consumo é de 2,4 quilos por pessoa por ano”, salientaram Reginaldo Resende e Alzira Vieira, coordenadores nacionais de Apicultura da Unidade de Agronegócios do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A qualidade, a higiene e os diversos sabores do mel brasileiro – em especial o de Mato Grosso, segundo Freitas – são as principais vantagens que os apicultores têm para ganhar a confiança do consumidor e ampliar a utilização do produto. “As associações, as cooperativas e até mesmo o produtor isolado estão cada vez mais capacitados para a atividade. Os apicultores estão conscientes de que é necessário apresentar um bom produto para se manter no mercado”, concluiu Freitas.





Fonte: Da Assessoria

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