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Internacional
Quarta - 21 de Junho de 2006 às 17:00

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Uma palestina grávida de 7 meses e seu marido morreram hoje em uma ataque de um avião não pilotado da Força Aérea israelense contra milicianos palestinos em Karara, localidade próxima à cidade de Khan Yunes, no sul de Gaza.

Segundo fontes médicas, os mortos são Fatima Ahmed El-Barbaui, de 35 anos, e seu marido Mohammed, de 38.

Outros treze civis, entre eles várias crianças e seus avôs, ficaram feridos quando um dos dois mísseis disparados pelo avião contra um veículo no qual os milicianos viajavam caiu na casa onde as vítimas estavam.

O "Canal 2" da televisão israelense informou, com base em fontes militares, que o míssil caiu a 20 metros do alvo, e que esta falha está sendo investigada.

Segundo a emissora, há fortes divergências entre o ministro da Defesa, Amir Peretz, líder do Partido Trabalhista, e a chefia do Estado-Maior militar devido à efetividade dos ataques aéreos. As últimas quatro operações deste tipo contra milicianos mataram quase vinte civis em Gaza.

Israel é acusado de ter matado sete membros de uma mesma família no último dia 9 em um ataque com mísseis contra uma praia do litoral de Gaza. As autoridades israelenses negam que o míssil tenha sido disparado pela artilharia do país. No início da semana, Peretz ameaçou tomar "medidas drásticas" contra as facções palestinas, após o disparo de mais de cem foguetes Qassam contra a cidade israelense de Sderot.

Oito civis morreram na semana anterior em um ataque semelhante contra milicianos da Jihad Islâmica, e na terça-feira outro ataque contra milicianos das Brigadas de al-Aqsa matou três crianças.

Assim como ocorreu hoje, os milicianos saíram ilesos dos ataques, aparentemente devido a erros no lançamento dos mísseis.

Fontes da segurança israelense expressaram esta noite seu pesar pelo resultado do ataque de Khan Yunes e explicaram que a intensificação das operações aéreas tem como objeto impedir os lançamentos de foguetes Qassam contra o território de Israel.

Segundo as fontes, se o Exército israelense, que se mostrou até agora incapaz de neutralizar os ataques, fizesse uma operação por terra em Gaza o número de vítimas seria maior que o registrado nos ataques aéreos.

Fontes militares informaram que os milicianos que viajavam hoje no veículo que era alvo dos mísseis disparados são militantes dos Comitês Populares da Resistência.

Fabricados artesanalmente em oficinas de Gaza, os foguetes Qassam "têm atualmente maior precisão e são cada vez mais perigosos".

Após a morte dos três menores de 5, 6 e 16 anos no ataque israelense de terça-feira, as facções da resistência palestina ameaçaram tomar represálias contra Sderot e contra "todos os lugares do Estado sionista".





Fonte: Terra

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