Governo alerta para a importância de vacinação na adolescência
Conforme Selma Marques, o calendário do adolescente é instituído pelo Ministério da Saúde (MS) para a faixa etária dos 11 aos 19 anos. As vacinas disponíveis são contra hepatite B, dT (difteria e tétano), febre amarela e a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). “Em vista do enfoque das novas instruções do Ministério da Saúde”, afirmou Selma Marques, “o Cartão de Vacinas se transforma num documento que deve ser guardado por toda a vida do usuário do SUS. Ele vai acompanhar a tomada das vacinas da infância, passando pela adolescência, até a idade adulta”.
Selma Marques explica que “algumas vacinas tomadas na infância devem receber reforço depois de dez anos de aplicação da primeira dose, a exemplo das que são tomadas contra o tétano e a difteria. Outras vacinas são novas e não existiam quando os adolescentes de hoje eram crianças. Este é o caso da vacina contra a hepatite B implantada pelo Ministério da Saúde (MS) apenas no calendário de rotina em 1994”. A vacina tríplice viral foi instituída pelo MS em 1998.
Isso significa que adolescentes ou jovens com até 19 anos podem não estar vacinados contra a hepatite B, que também é transmitida sexualmente e que pode evoluir para problemas hepáticos graves. A primeira dose da vacina contra hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de três doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose. “A imunização contra o vírus da hepatite B é imprescindível na adolescência porque o vírus é facilmente transmitido por via sexual e, nessa fase, os jovens ficam especialmente expostos”, explicou Selma Marques.
A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos nove meses de idade. Depois, o reforço deve ser feito de 10 em 10 anos. Quem for viajar para Estados como Mato Grosso do Sul, Tocantins, Mato Grosso e Goiás, por exemplo, devem se vacinar contra a doença 10 dias antes da viagem.
A dT (contra a difteria e o tétano) é um reforço que deve ser dado de 10 em 10 anos. Selma Marques explica que “o esquema começa ainda quando criança, ou seja, aos dois meses de idade, quando é aplicada a vacina tetravalente (difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções por haemophilus influenza tipo b). Depois, entre 4 a 6 anos, deve ser aplicada a DTP (difteria, tétano e coqueluche) e, como reforço, a dT a cada dez anos”.
Em caso de ferimento grave, a dose da dT deve ser antecipada para cinco anos após a última dose. Além disso, adolescentes grávidas, que estejam com a vacina em dia, mas receberam sua última dose há mais de cinco anos, precisa receber uma dose de reforço da dT. “A vacinação é fundamental para garantir a imunidade dos jovens contra várias doenças. Por isso, os adolescentes devem receber o reforço de vacinas recomendado para a idade”, disse.
E a campanha de vacinação contra a poliomielite ou paralisia infantil em Mato Grosso continua. Com o slogan “O seu filho quer duas gotinhas de sua atenção” objetivo é imunizar 283.077 crianças menores de cinco anos até 30 de junho.
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