A Argentina vai lançar um novo índice de preços domésticos no final deste ano, disse neste sábado o ministro da Economia, um dia após o Fundo Monetário Internacional (FMI) emitir uma forte reprimenda contra país por conta da falta de credibilidade de suas estatísticas.
A nação sul-americana, que sofre há anos com crescente inflação, está trabalhando desde 2011 em uma nova medição de preços locais em todo o país a fim de substituir o questionado sistema atual.
"Vamos ter um IPC (Índice de Preços ao Consumidor) Nacional que vai substituir o IPC-GBA (que contempla somente a província de Buenos Aires)", disse o ministro Hernán Lorenzino em declarações à rádio local La Red.
Na sexta-feira, o FMI emitiu uma "declaração de censura" contra a Argentina por preocupações sobre a qualidade de seus dados sobre inflação e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), e concedeu ao país até 29 de setembro para tomar medidas.
É grande a suspeita de que a verdadeira magnitude das altas de preços argentinos esteja subestimada pelo atual IPC, que serve de base para o cálculo dos pagamentos da dívida pública ajustados à inflação.
O novo índice começará a ser elaborado no último quadrimestre de 2013, disse o Ministério da Economia da Argentina em um comunicado.
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