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Economia
Quarta - 21 de Junho de 2006 às 08:59

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"Um passageiro que tem um bilhete endossado pela Varig não deve esperar ser transportado por uma outra companhia", afirma o diretor de Comunicações da entidade, Anthony Consel.

Questionado sobre a situação de brasileiros que estão no exterior neste momento com bilhetes emitidos pela Varig para outras empresas, Consel disse que considera improvável que outras companhias aceitem transportá-los.

Ele ressalta que cada caso deve ser discutido com a companhia em questão, a própria Varig e a agência de viagem que eventualmente tenha emitido a passagem, mas insiste que considera "difícil" que as companhias aceitem passageiros da Varig sem a garantia de que serão reembolsadas no futuro.

A decisão está em vigor desde segunda-feira, quando a Iata suspendeu a Varig da sua Clearing House (Câmara de Compensação), organização pela qual as empresas podem quitar as suas dívidas com as outras.

Suspensão

Segundo Consel, a Varig foi suspensa depois de ter pagado apenas parcialmente a mensalidade de abril, mas não revelou o valor da dívida. O representante diz, no entanto, que a companhia continua sendo membro da Iata.

A suspensão significa também que a Varig não poderá mais emitir bilhetes endossáveis a outras companhias, o que significa que a empresa fica limitada exclusivamente às suas rotas.

A Clearing House permite que empresas atendam a clientes de outras e depois sejam reembolsadas. "Normalmente, quando um passageiro apresenta um bilhete endossável que foi todo pago à Varig, a empresa o transporta e depois é reembolsada, por meio da Clearing House."

Sobre o impacto da suspensão para a empresa, o representante da Iata diz que ela "restringe uma empresa a suas rotas, reduz a escala das suas operações e a impede de aceitar passageiros de outras empresas aéreas".

Questionado sobre se a suspensão tornaria a situação da Varig ainda difícil, Consel disse que a situação já é bastante complicada.

"Temos acompanhado a situação por seis, sete, oito meses", disse o porta-voz. "Temos que proteger as empresas (que estão na Clearing House)."

"Temos muitas empresas que não são membros da Iata e se associam a Clearing House porque é um método muito eficaz e eficiente de a indústria acertar o pagamento de dívidas."

Consel cita a suíça Swissair e a Sabena, da Bélgica, como exemplos de grandes empresas que foram suspensas da Clearing House no passado. Embora ambas tenham falido, o porta-voz diz que "não é extremamente incomum" que empresas excluídas da organização consigam ser restituídas.

Para tanto, a Varig teria de pagar todas as dívidas atrasadas. Consel diz que não está sendo discutida a possibilidade de expulsar a empresa da Iata porque a Varig continua pagando as mensalidades como membro.

As qualidades de continuar associada seriam, segundo o representante da Iata, seriam ter seus interesses representados no lobby feito pela organização e contar com todos os "recursos" da organização à sua disposição.





Fonte: BBC Brasil

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