Família acusa falta de órgãos em corpo repatriado
"Os órgãos foram tirados do corpo supostamente para esconder a causa real da morte", disse Mohamad Al Utaibi, primo de Manie, em declarações ao jornal Gulf News, dos Emirados Árabes.
Mohamad Al Utaibi disse que sua família se negou a receber o corpo de seu primo até ser informada da verdadeira causa de sua morte.
As autoridades americanas devolveram a Riad no sábado os corpos de Manie e Yasser Al Zahraini, outro saudita, além de um preso iemenita que também foi achado morto em sua cela.
As famílias dos dois sauditas e do iemenita rejeitaram os resultados das autópsias realizadas por americanos em Guantánamo, e pediram um relatório de uma organização neutra. As análises concluíram que os prisioneiros tinham cometido suicídio.
Talal Abdullah Al Zahrani, pai de Yasser, também se negou a receber o corpo de seu filho até ler o relatório das autoridades sauditas sobre os resultados da autópsia. Ele já tinha dito que o cadáver apresentava contusões, o que levava à conclusão de que o preso foi estrangulado.
Os corpos dos sauditas Al Utaibi e Al Zahrani e do iemenita Ali Abdullah Ahmed foram achados mortos em suas celas de Guantánamo em 10 de junho, segundo as autoridades americanas, que disseram que os três se enforcaram com lençóis e roupas.
São as primeiras mortes em Guantánamo desde que o campo de detenção foi aberto, em 2002, como parte da guerra antiterrorista.
Os EUA mantêm na base 460 pessoas consideradas potencialmente perigosas. A maioria está presa sem acusações.
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