Parreira esconde os titulares
No treino de ontem em Bergisch Gladbag, Parreira disfarçou ao máximo qualquer preferência. Dividiu os jogadores em três grupos, misturando titulares e reservas sem que nenhum critério especulativo pudesse funcionar como uma pista para saber quem começará jogando a última partida pelo Grupo F, informa a Agência Reuters.
Uma onda de rumores sobre nomes garantidos e uma série de teorias circularam ao redor do estádio SS90 enquanto os jogadores faziam um treino tático, daqueles em que os times jogam em metade do campo e, quando um grupo perde a bola e vê os adversários darem três toques, quem perdeu a bola deixa o campo para o terceiro time entrar.
Existe a teoria de que Parreira vai poupar os jogadores que já tomaram um cartão amarelo para não arriscar que um deles acabe suspenso na próxima fase. Outra tese é que Parreira não mudará nada para não dar a impressão de que está ajudando o Japão de Zico.
Muita gente acha que Robinho, Gilberto Silva e Juninho Pernambucano terão sua chance. Outros esperam Cicinho no lugar de Cafu, e os mais otimistas, sonhadores, os onze reservas em campo.
Além da pressão interna que vem dos reservas, Parreira passou a ter também a pressão dos titulares, que não querem largar o time.
“Eu particularmente quero jogar até para manter o ritmo de jogo e marcar gols, até para entrar mais tranqüilo na segunda fase. Mas o professor Parreira sabe da condição de cada um. E sabe quem pode descansar”, disse o atacante Adriano na concentração.
Kaká foi um pouco mais diplomático com os reservas, mas não muito.
“Todo mundo quer jogar, claro, é uma Copa do Mundo, todo mundo quer participar, Para mim foi excelente na última Copa ter jogado 25 minutos, ter participado. Acho que, se pudesse entrar todos, seria ideal”, disse ele, para logo depois arrematar com um chute na canela dos reservas. “Se (os reservas) não puderem (jogar), que entendam o motivo de estar aqui”. E, para finalizar, Kaká mostrou ainda a fome de bola que torna o problema da escalação contra o Japão mais grave do que se imagina. “Eu gostaria de jogar também contra o Japão”, disse, transferindo toda a tensão para os ombros de Parreira.
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