Relatório final da CPI dos Bingos é aprovado
Alves não voltou atrás, e continuou sem pedir o indiciamento do assessor de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho. O deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, também não será indiciado.
Uma das mudanças foi em relação à retirada do texto da parte referente à atividade dos bingos. O relator decidiu que será elaborado um projeto de lei no Congresso para discutir o assunto. O mesmo será apensado a outros projetos já existentes na casa.
Com isso, o senador Magno Malta (PL-ES), o criador da Comissão e que tinha apresentado um voto em separado, voltou atrás e votou com o relator. "Acho que ficou boa a nova maneira como Garibaldi apresentou a questão. Ele teve um gesto de grandeza muito forte e isso levou a retirada do meu voto", explicou Malta.
Já a senadora Ideli Salvati (PT-SC), disse que os indiciados podem recorrer da decisão da CPI junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Dentre os 79 indiciados estão grandes figuras ligadas ao PT, como o ex-ministro Antônio Palocci e o compadre do presidente Lula, Paulo Okamotto, presidente do Sebrae. "Muitas pessoas terão facilidade de derrubar no STF qualquer ilação aqui feita e que não tenha a ver com o fato determinado."
Com relação a isso o senador Tião disse que o relatório de Garibaldi é o mais fraco da história do parlamento brasileiro. "Os indiciados irão recorrer ao Supremo, pois o relatório rasgou o regimento e a constituição. Ele esteve baseado somente em questões políticas", afirmou.
Já senadores da oposição mostraram-se satisfeitos com o resultado desta terça-feira. Álvaro Dias (PSDB-PR), que também foi autor de um voto em separado, disse que o relatório de Garibaldi é bom e forte. "Ele chegou a essência, faltou apenas os complementos", finalizou referindo-se ao pedido de indiciamento de Gilberto Carvalho e José Dirceu.
Comentários