Europeus querem que governo pague por fertilização
Isso poderia resolver o problema do envelhecimento da população européia.
Estimativas mostram que até 2050 quase um terço da população da Europa terá mais de 65 anos – o maior crescimento ajudaria ainda a estimular a economia destes países.
Investimento a longo prazo
Pesquisadores da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, calcularam que enquanto os custos de criar um bebê de proveta são de cerca de 13 mil libras (cerca de R$ 53 mil), cada um deles contribuiria com cerca de 147 mil libras em impostos e seguridade social ao longo da vida.
Os números foram calculados assumindo que eles estudariam até os 19 anos e a partir daí trabalhariam em tempo integral. Também foram levados em conta os gastos com saúde.
Os gastos com o tratamento de fertilização in vitro teriam sido repostos aos 31 anos de idade.
A partir daí, a nova geração ajudaria a diminuir o peso dos custos com a população mais idosa no continente – um problema sério em diversos países, especialmente na Espanha, Itália e República Tcheca.
"O nível de natalidade está abaixo do número necessário para manter a população estável em todos os países da Europa. Ajudar pessoas com problemas de fertilidade a ter filhos não beneficia somente os casais e suas famílias, mas a sociedade como um todo", disse o professor William Ledger, que liderou o estudo de Sheffield.
De acordo com a pesquisa da Rand Europe, os tratamentos de fertilidade gratuitos deveriam fazer parte de um pacote para estimular as pessoas a terem mais filhos, junto com bons benefícios e estabilidade no emprego para as mulheres.
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