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Internacional
Terça - 20 de Junho de 2006 às 07:54

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O americano Mike Slabaugh não tem estômago. Nem ele, nem seus 10 primos. Enquanto cresciam, eles assistiram ao câncer de estômago matar-lhes a avó, além de alguns dos pais, tios e tias. Determinados a enganar a doença, eles se voltaram para os exames genéticos. Ao descobrir que haviam herdado o gene assassino da vovó Golda Bradfield, viram-se diante de duas opções: contar com a sorte e enfrentar uma chance de 70% de desenvolver o tumor, ou extrair o estômago. Todos os primos optaram pela operação, que implica uma mudança de estilo de vida, exigindo a realização de mais refeições ao dia, mas com menos comida. Segundo médicos, trata-se da maior família a se submeter a uma cirurgia preventiva para escapar de câncer de estômago hereditário. "Não estamos só sobrevivendo, estamos prosperando", disse Slabaugh, 16 meses após a operação, realizada no Centro Médico da Universidade Stanford. Avanços em exames genéticos estão abrindo às famílias com genes ruins uma oportunidade para ver o futuro, às vezes com a esperança de uma ação preventiva. Slabaugh, que mora em Dallas, reuniu-se com os primos em Las Vegas, depois de o último deles ser operado. Vários deles não se viam há anos, e outros sequer se conheciam. "Em vez de viver com medo, eles encararam o destino genético", disse o médico David Huntsman, que descobriu o gene mutante na família. A mutação CDH1 foi descoberta na Nova Zelândia, em 1998. Ela matou Golda Bradfield em 1960, e Golda passou o defeito para sete de seus filhos. Seis morreram de Câncer quando tinham entre 40 e 50 anos. Os 18 netos descobriram o gene depois que um deles sucumbiu à doença, em 2003. Pouco depois, os 17 sobreviventes fizeram o exame genético: 11 dos que tinham o gene ruim optaram pela cirurgia.





Fonte: AE/AP

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