Facções palestinas estão otimistas com acordo

As diversas facções palestinas se esforçavam nesta segunda-feira para aplainar divergências e concluir um acordo de consenso para pôr fim à crise político-financeira nos territórios.

Representantes dos diferentes movimentos, principalmente o Fatah do presidente Mahmud Abbas e o Hamas, do primeiro-ministro Ismail Haniyeh, estavam reunidos no final da noite em Gaza para finalizar um acordo selando um segundo turno do "diálogo nacional" que expira, em princípio, nesta quarta-feira.

As discussões estão centradas num documento elaborado por líderes políticos presos em Israel, contendo um reconhecimento implícito do Estado hebreu, e que vinha sendo rejeitado pelo Hamas. Se o documento não for adotado pelas facções, Abbas o submeterá a um referendo, convocado para o dia 26 de julho.

Segundo uma pesquisa, 74% dos palestinos são favoráveis ao "documento dos prisioneiros" enquanto que 23% são contra. A margem de apoio se reduz, no entanto, em caso de referendo, com 47% afirmando que votariam a favor e 44% contra, enquanto 9% estão indecisos, indica a pesquisa do Palestinian Center for Policy and Survey Research (PSR).

O "documento dos prisioneiros" pede, principalmente, o fim dos ataques em Israel e a criação de um Estado palestino nos territórios ocupados pelo Estado judeu em junho de 1967, assim como a formação de um governo de união nacional. O governo do Hamas vem se recusando a se dobrar às exigências da comunidade internacional, de reconhecer Israel e de abandonar a luta armada.