O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou no sábado (02) o líder opositor Henrique Capriles de conspirar "contra a pátria" desde a Colômbia, e prometeu que na próxima terça-feira serão revelados pormenores de sua acusação.
Capriles "deveria ter vergonha de ir à Colômbia para conspirar contra a pátria. As informações que nos chegam não são nada boas, estamos confirmando um conjunto de reuniões que sustentou... sabemos com quem e onde se reuniu, conspirando contra o país, contra a paz do país, fazendo negócios", acrescentou Maduro em uma alocução televisiva.
O opositor, derrotado por Hugo Chávez nas eleições presidenciais de 7 de outubro e vencedor nas regionais de 16 de dezembro que o confirmaram como governador de Miranda, estado que tem a parte de Caracas sob sua jurisdição, confirmou no Twitter que desde ontem se encontra na Colômbia.
Capriles não informou os objetivos de sua viagem e hoje utilizou a rede social para saudar os seguidores de "Santa Madre Virgen da Candelaria", da qual se declara devoto.
"Nas próximas horas, informaremos o que o perdedor está fazendo contra a pátria na Colômbia", acrescentou Maduro e repetiu que na próxima terça-feira conhecerá "parte da decadência que há nesse partido da direita venezuelana Primeiro Justiça" de Capriles.
Maduro "está à frente de um governo incapaz de resolver os problemas" do país, escreveu Capriles há quatro dias em sua conta no Twitter.
Chávez delegou o manejo do Governo a Maduro no início de dezembro, antes de viajar para Cuba para se submeter a uma quarta intervenção cirúrgica desde que em meados de 2011 foi diagnosticado com um câncer.
Desde então, Maduro também acusa à oposição de ter planos para perpetrar um golpe de Estado contra o Governo e atentados contra si e contra o presidente da unicameral Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que antecipou que na terça-feira será o encarregado de detalhar as denúncias contra Capriles e seu partido.
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