Japão calcula o tamanho de sua missão impossível
Somente um surpreendente resultado em Dortmund na quinta-feira dará aos campeões asiáticos qualquer esperança de chegar entre os 16 primeiros da competição após o empate sem gols com a Croácia.
A derrota por 3 x 1 para a Austrália no primeiro jogo deixou as coisas difíceis para os japoneses, e o desespero estava estampado no rosto deles após a partida contra os croatas.
"Não criamos chances suficientes", disse Yuji Nakazawa.
"A Croácia perdeu um pênalti e teve várias chances, então temos que pensar positivamente sobre o empate, eu acho."
Ao calcular o tamanho do que parece ser uma missão impossível, o defensor disse: "Viemos até aqui. Temos que ter certeza que não voltaremos para casa com qualquer arrependimento."
O Japão está em dívida com o goleiro Yoshikatsu Kawaguchi, que pegou um pênalti no primeiro tempo e fez defesas difíceis.
A inabilidade da Croácia de vencer o Japão significa também que eles terão que vencer a Austrália para ter chances de passar para a segunda fase.
O Japão, que chegou às oitavas-de-final em 2002, mais uma vez não teve capacidade de finalização e deve agora se perguntar como pode resolver esse problema no time justo contra o Brasil.
O técnico do Japão, Zico, irritado com a Fifa por colocar sua equipe para jogar as duas primeiras partidas em tardes quentes, ficará tentado a fazer mudanças em seu ataque.
Já os brasileiros, que se classificaram com uma vitória por 2 x 0 sobre a Austrália, podem poupar alguns importantes jogadores, mas ainda assim a missão japonesa parece imensurável.
Mesmo sabendo que a partida vai começar às 21h (16h, horário de Brasília) em vez das 15h (10h, horário de Brasília), o consolo é pouco para o Japão.
"É bom que esteja mais fresco, mas ainda assim jogaremos contra o Brasil", disse Junichi Inamoto. "Eles estarão jogando sua terceira partida e provavelmente estarão encontrando a melhor forma."
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