Justiça decide hoje prisão ex-secretário de Transportes de São Paulo
Tatto e outras sete pessoas são acusadas em inquérito policial de ter suposta influência sobre perueiros que seriam ligados à facção criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital).
Na última sexta-feira, o promotor Claudionor Mendonça dos Santos emitiu parecer desfavorável à prisão. A tendência é que a juíza siga a recomendação do promotor, cujo indicativo foi pelo envio de parte do processo ao Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais) de São Paulo para que o caso seja investigado pela polícia da capital.
Segundo o parecer do promotor, o inquérito foi originado para apurar uma tentativa de resgate frustrada na Cadeia Pública de Santo André, em março deste ano; portanto, só esse crime deve ser apurado pela Justiça da cidade.
O que a polícia informou ter descoberto no decorrer das investigações --uma cooperativa de perueiros de São Paulo teria financiado a tentativa de resgate frustrada a mando de um criminoso ligado ao PCC-- deve ser apurado na capital, onde a empresa está instalada, na zona sul da cidade.
A Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de Santo André informou que a garagem 2 da Cooper-Pan, operadora que mantêm 1.380 lotações em 103 linhas das áreas 6 a 7 (Jabaquara, Campo Belo, Grajaú e Parelheiros), teria financiado a ação na tentativa de resgate.
O pedido de prisão do ex-secretário petista foi feito sob o argumento de que ele colocou perueiros ilegais na garagem 2 da Cooper-Pan, de onde teria saído o dinheiro para financiar o resgate.
Conforme apurou a reportagem, a denúncia de infiltração do crime organizado na cooperativa da zona sul deve ser remetida ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público Estadual.
Tatto informou, por meio de assessoria, que as denúncias da polícia de Santo André são "infundadas e" que suspeita de "cunho político" nas investigações.
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