Estudantes da segunda etapa já estão percebendo mudança
Rosinete Amajunepá, de 27 anos, conta ter ficado impressionada com a diversidade de etnias, línguas e culturas que se encontram durante as etapas presenciais do curso – nos meses de julho e janeiro, na sede da Unemat em Barra do Bugres.
“Eu passei a valorizar mais a minha própria cultura depois que tive contato com colegas que têm a experiência de falar a própria língua e de se vestir tradicionalmente. Foi um incentivo para que eu também buscasse saber mais sobre minha própria história”, conta.
Um episódio ficou particularmente marcado. Em uma das atividades do curso, foi solicitado aos alunos que escrevessem, na língua materna, os nomes de artefatos e utensílios utilizados cotidianamente em suas aldeias. Uma tarefa aparentemente simples, mas que Rosinete não foi capaz de realizar. “Eu não sabia o nome de nada. A partir daquele dia, quando voltei para aldeia, passei a questionar os mais velhos sobre a nossa língua. Se fosse hoje, teria feito a tarefa com facilidade”. (RV)
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