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Segunda - 19 de Junho de 2006 às 08:07

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A morte de Daniel Lopes da Silva desencadeou uma grande crise política em Tangará da Serra. Ele era radicalmente contra a privatização dos serviços de água e esgoto da cidade e votou contra no dia da sessão extraordinária, que terminou por volta de 2h.

Daniel do Indea, como era popularmente conhecido, foi morto quando retornava para casa, após a sessão que discutia o assunto: a mais longa de toda a história de Tangará da Serra.

A vítima atuava na investigação de irregularidades na privatização do serviço de água e esgoto.

Mas somente após a morte de Daniel é que se descobriu que os vereadores haviam recebido propina para votar a favor da privatização.

A prova de que os vereadores receberam propina pela aprovação do projeto estava em uma gravação, feita pelo ex-vereador Toninho Vaca Gorda, também envolvido no esquema. Cada um dos envolvidos teria recebido cerca de R$ 20 mil.

Após o escândalo, sete vereadores foram cassados e três renunciaram.

A concessão da rede de água e esgoto da cidade de Tangará da Serra, que havia sido aprovada na sessão da Câmara Municipal, foi suspensa.

Mas a crise abalou também a Prefeitura de Tangará da Serra. Também foram descobertas irregularidades por parte do prefeito da época, Jaime Muraro, que foi afastado do cargo e responde a vários processos, como o de improbidade administrativa, falsificação de licitação, desvio do dinheiro público.





Fonte: A Gazeta

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