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Economia
Segunda - 19 de Junho de 2006 às 08:05
Por: Fernando Dantas

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O custo para o setor público da política de aumentos reais do salário mínimo desde o início do Plano Real foi de R$ 250 bilhões, ou 12,1% do Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 2,2 trilhões estimado para 2006. A relação entre a dívida pública e o PIB seria hoje de 37,9% do PIB, e não de 50%, se não houvessem sido concedidos aumentos reais ao salário mínimo desde dezembro de 1994.

Isto significaria uma percepção de risco Brasil por parte dos investidores muito menor, e, em conseqüência, juros reais bem mais baixos.

O cálculo está em um trabalho do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e mostra como a política de aumentos reais do salário mínimo é uma das principais causas da atual fragilidade fiscal do País.

"Não se quer com isso defender um retorno do valor do salário mínimo e do piso previdenciário ao vigente no começo do Plano Real, mas sim apontar que a política de sucessivos incrementos da variável teve um custo expressivo", diz o relatório da instituição sobre o tema.

O custo fiscal dos aumentos reais do salário mínimo deriva do fato de que ele é pago a cerca de dois terços dos aposentados do Seguro Social, incluindo os rurais, bem como aos participantes - idosos ou portadores de deficiência, em famílias pobres -de programas de transferência como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).





Fonte: AE

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