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Nacional
Segunda - 19 de Junho de 2006 às 08:01
Por: Lívia Deodato

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A posição do Brasil é de considerável liderança no bloco anti-caça da Comissão Internacional da Baleia (CIB), que começou na sexta-feira e vai até amanhã, na ilha de St. Kitts e Nevis, no Caribe. Isso é o que diz José Truda Palazzo Jr., um dos três integrantes da delegação científica brasileira e também vice-comissário do Brasil na CIB.

"O Brasil evoluiu de país baleeiro em 1987 para um dos países em desenvolvimento com uma das políticas mais claras de conservação de mamíferos aquáticos", opina. Também integram a delegação brasileira em defesa dos mamíferos: Régis Pinto de Lima, chefe do Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos do Ibama, e a comissária titular Maria Tereza Mesquita Pessôa, do Ministério das Relações Exteriores.

No encontro anual promovido pela CIB, entidade fundada em 1946 e que visa discutir a gestão de cetáceos (baleias, botos e golfinhos) do mundo todo, o Brasil vai apresentar mais uma vez a sua proposta de criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul. O objetivo é a contínua proibição da caça e o estímulo a atividades de uso não-letal, como turismo, pesquisa, valorização sociocultural e educativa.

"A proposta, cuja aprovação o governo brasileiro sabe ser muito difícil, tem o mérito de promover o conceito do direito dos países dessa região ao uso não-letal das baleias, em contraposição às pretensões de países hiper-desenvolvidos como o Japão que pretendem se apropriar indevidamente do recurso da baleia em todos os oceanos", diz Truda. Pela primeira vez, desde que a caça às baleias foi banida em 86, as nações pró-caça - lideradas pelo Japão - esperam obter a maioria dos votos com o objetivo de derrubar a moratória que já dura 20 anos. Para tanto, precisam alcançar 75% dos votos.





Fonte: AE

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