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Segunda - 19 de Junho de 2006 às 06:53
Por: Andréa Fontes

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Silêncio. Esta deve ser a estratégia utilizada por dois integrantes da família Trevisan-Vedoin, durante os interrogatórios na 2ª Vara Federal de Mato Grosso, nesta semana. Apontados como líderes do esquema de fraudes em licitações e pagamento de propinas a parlamentares federais para direcionamento das emendas das ambulâncias, Darci José Vedoin, dono da Planam, e seu filho Luiz Antônio Trevisan Vedoin, vão se reservar ao direito constitucional de permanecerem calados, segundo informou uma fonte ligada à família.

A postura deve ser adotada uma vez que a Polícia Federal teria recolhido provas suficientes do envolvimento dos dois no esquema "Sanguessuga". A estratégia de tentar remeter o processo para o Acre, onde ocorreram as primeiras investigações do caso mas o processo foi arquivado, ou para o Supremo Tribunal Federal, será mantida pela defesa, agora assumida pelo ex-advogado de Maria da Penha Lino, Eduardo Mahon. O interrogatório de Darci está previsto para as 14h de hoje e o do seu filho, Luiz Antônio, amanhã às 14hs.

O contato do jornal A Gazeta com a família Trevisan-Vedoin foi intensificado a partir do momento que foi concedida uma entrevista exclusiva, a única desde que foram presos, no dia 1º de junho. Na ocasião, o pai Darci Vedoin e o filho Luiz Antônio negaram pagamento de propinas a parlamentares, afirmando que conheciam os deputados apenas de jornais e do meio social de Cuiabá. Também negaram superfaturamento de ambulâncias, citando que os veículos vendidas por eles eram mais baratos que os comprados pelo governo federal. Os processos contra Darci e Luiz Antônio estão entre os últimos a serem instaurados pelo juiz Jeferson Schneider. A denúncia contra eles foi acatada na terça-feira da semana passada, junto com a de Maria da Penha e de Ronildo Pereira. Os quatro seriam os principais articuladores do esquema, sendo Penha o braço da quadrilha no Ministério da Saúde e Ronildo a peça chave para as fraudes em licitações.





Fonte: A Gazeta

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