Produtores devem repensar seus negócios, alerta Maggi
A observação tem relação com a crise por que passam os agricultores por conta das dívidas tanto com o setor público como com o privado. Problemas cambiais, doença como a ferrugem asiática que atacou a soja, fizeram os sojicultores amargarem altos prejuízos. “A crise vem para que repensemos o que estamos fazendo. Para que nos tornemos mais eficientes e ponderados”, disse o governador.
Os problemas com a soja demonstram a importância de se investir na diversificação e de os produtores estarem atentos às demandas. Segundo o governador, o interesse de grandes grupos do setor sucroalcooleiro em se instalar no Estado é porque grandes áreas produtoras, como São Paulo, estão esgotadas.
“Minas Gerais também fez um zoneamento. Os outros estados também estão fazendo o zoneamento para evitar a concentração da cultura evitando transformar o Brasil num grande canavial”, afirmou, ressaltando que isso seria uma temeridade, visto que se uma doença se alastrasse pelas plantações a economia seria afetada.
“Nesse momento, a cana-de-açúcar é um ótimo negócio. Tomara que esse ciclo perdure”, disse Maggi, lembrando que o protocolo de Kyoto estabelece que uma das formas de redução da poluição é pela adoção do álcool anidro. “Essa região tem uma formação pluviométrica bem definida. Aqui pode se transformar num pólo de cana-de-açúcar e algodão”, disse Blairo Maggi.
Para o governador, a cultura da cana-de-açúcar é complementar e, assim como a soja, é de grande importância para a economia de Mato Grosso. Maggi afirmou, ainda, que diferentemente do que dizem alguns ambientalistas, que não conhecem a soja, a leguminosa não traz prejuízos ao solo. “Pelo contrário. No cerrado brasileiro a cana não sobrevive sem a presença da soja. É a partir da soja que é possível produzir cana de açúcar, algodão, amendoim”, exemplificou o governador.
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