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Terça - 07 de Janeiro de 2014 às 16:23

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Família pede ajuda para recuperar garoto tetraplégico
Matheus, 14, foi alvo de bala perdida disparada por bandidos e busca reabilitação
Notícias Toda Hora
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Eliézio abandonou o emprego para se dedicar a Matheus; ele precisa de ajuda
DA REDAÇÃO
 
 
Quatro anos depois de ser atingido por uma bala perdida e ficar tetraplégico, o estudante Matheus de Assis Fonseca, 14 anos, continua em tratamento de reabilitação na busca por maior qualidade de vida. As informações são do site Notícias Toda Hora.
 
Na terça-feira (7), Matheus e seu pai, Eliézio Pereira da Fonseca, mais uma vez, viajaram para Brasília (DF), onde estão com atendimento agendado no Hospital Sara Kubitschek. Na unidade hospitalar, devem permanecer por 30 ou 40 dias - o tempo vai depender dos exames, diagnósticos, avaliações e novos procedimentos de reabilitação que forem definidos.
 
No dia 25 de abril de 2010, quando tinha 10 anos, Matheus foi baleado enquanto brincava na porta de casa, no Jardim Paulicéia, na região do Coxipó, em Cuiabá. 
 
Ele estava na companhia dos irmãos e outras crianças do bairro, no momento em que três bandidos passaram correndo e trocando tiros pela rua.
 
A história de Matheus Fonseca, retratada em diversas reportagens como uma tragédia que se abateu sobre sua família, revelou a força, determinação e o amor de um pai na luta por maior qualidade de vida e respeito aos direitos do filho.
 
Padeiro diarista, Eliézio Fonseca, que desde a separação da esposa cria sozinho os três filhos, se viu obrigado a abandonar o emprego para dedicar-se exclusivamente ao filho Matheus.
 
A vida da família, que já era de dificuldades financeiras, tornou-se mais difícil ainda. Na época, Eliézio morava em uma casa de aluguel com os três filhos do primeiro casamento, uma nova companheira e uma menina desse relacionamento. 
 
Dois anos depois, o novo relacionamento, que já não era mais tão novo, também chegou ao fim. Ele, mais uma vez, se viu sozinho com os filhos.
 
Sem poder ter um trabalho fixo, o pai saiu em busca de informações e aprendeu, com muito sofrimento, que o filho teria direitos até então desconhecidos. 
 
Como um benefício da Previdência Social no valor de um salário mínimo, atualmente de R$ 724. 
 
Também conseguiu uma casa popular, financiada, onde atualmente mora com a família. 
 
Um dos exemplos de conhecimento adquirido com o sofrimento pode ser testemunhado nos dias que antecederam a alta médica do Matheus. Sabendo que o filho tinha direito à assistência médica domiciliar (home care), não pensou duas vezes.
 
Ele não apenas acionou a Justiça na busca do atendimento, como cobrou ininterruptamente o cumprimento da medida judicial. Da mesma maneira agiu quando descobriu que o filho tinha direito a tratamento fora do domicílio (TFD) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
A partir daí, começou sua luta para levá-lo para o Sara Kubitschek, uma rede de hospitais de reabilitação avaliada entre as melhores do mundo.
 
“Algumas vezes, tive vontade de fugir, desaparecer, por achar que não teria forças para continuar lutando, mas Deus é bom, Ele renova as nossas forças e mostra que somos capazes”, ensinou Eliézio. 
 
“Minha família é a coisa mais importante do mundo; sei que meu filho precisa de mim, é comigo e com os irmãos que ele conta”, completou.
 
Por causa da tetraplegia, Matheus precisa da assistência familiar ininterrupta. Em casa, além do pai, também é atendido pela irmã, Luciele, de 16 anos, e o irmão, Lael, de 17 anos. 
 
As viagens, consultas médicos e cuidados mais complexos, como fazer cateter cinco vezes ao dia (introdução de sonda para retirar urina da bexiga) são responsabilidades de Eliézio.
 
Por causa disso, o pai não pode ter um trabalho fixo e tenta complementar a renda da família fazendo “bicos” em bairros próximos de onde mora, entre os quais reparos ou construção de muro e pequenas reformas domésticas.
 
Para ajudar
 
Quem se interessar em ajudar o pai na luta pela sobrevivência dos três filhos podem ajudar por meio de depósito em uma conta bancária. Banco Bradesco, Porto, Cuiabá, agência 1462, conta 44138-4, em nome de Eliézio Pereira da Fonseca.




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