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Internacional
Domingo - 18 de Junho de 2006 às 02:00

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O partido opositor social-democrata Smer é o vencedor das eleições legislativas antecipadas realizadas este sábado na Eslováquia, após a apuração do 97,83% dos votos.

O Smer de Robert Fico obteve 29,25% dos votos, segundo dados oficiais da Comissão Eleitoral Central divulgados na madrugada deste domingo.

O segundo partido mais votado foi a governamental União Democrata-Cristã (SDKU) do primeiro-ministro Mikulas Dzurinda, com 18,13% dos votos.

"É uma grande oportunidade para que a Eslováquia seja mais solidária e justa, já que este resultado garante que o programa do novo Governo estará orientado rumo à esquerda", afirmou Fico na sede de seu partido em Bratislava após a divulgação dos resultados.

Fico explicou sua intenção de formar um Executivo de esquerda se o presidente Ivan Gasparovic encarregar a ele a formação do Governo, como provavelmente ocorrerá, já que é o líder do grupo mais votado.

O advogado comemorou a vitória entoando canções populares e o hino nacional eslovaco, acompanhado por líderes do Smer.

O resultado das eleições representa uma rejeição à gestão do conservador Dzurinda, de 51 anos, que liderou durante dois mandatos consecutivos um ambicioso programa de reformas na Justiça, no sistema tributário, na política social e na previdência.

Fico, de 41 anos, prometeu retroceder em algumas dessas reformas neoliberais, dentro de uma política de maior solidariedade social, mas terá que se aliar a outros partidos por não ter conseguido a maioria necessária para governar sozinho.

Os outros quatro partidos que conseguiram entrar no Conselho Nacional são a Coalizão Húngara (SMK), com 11,75% dos votos, o Partido Nacional Eslovaco (SNS), com 11,72%, o Movimento por uma Eslováquia Democrática (HZDS) do ex-primeiro-ministro Vladimir Meciar, com 8,75%, e o Movimento Democrata-Cristão (KDH), com 8,3%.

O Partido Comunista (KSS) de Jozef Sevcik e os liberais da União do Novo Cidadão (ANO), do magnata dos veículos de comunicação e ex-ministro da Economia Pavol Rusko, não conseguiram representação no Parlamento de Bratislava. Estas são as quartas eleições legislativas desde o fim da Tchecoslováquia em 1993 e as primeiras após o ingresso do país na União Européia (UE) e na Otan. O nível de participação eleitoral foi o mais baixo na história do país, de 54,62%, entre os mais de quatro milhões de eleitores.





Fonte: EFE

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