Bush cobra cumprimento de promessas de ajuda ao Iraque
Ansioso por mostrar avanços, num momento em que as pesquisas de opinião indicam que a população norte-americana acha que a invasão de 2003 foi um erro, Bush apresentou uma pauta abrangente de assistência, incluindo ajuda para os iraquianos aumentarem a produção de petróleo e eletricidade, protegendo oleodutos contra ataques.
Bush disse que equipes de transição da coalizão vão continuar a atuar dentro de unidades do exército e da polícia iraquianos e que os EUA vão ajudar os novos ministros iraquianos da Defesa e do Interior a melhorar o comando e controle, combater a corrupção e investigar e punir violações dos direitos humanos.
Além disso, Bush prometeu o apoio dos EUA aos esforços do premiê Nuri al Maliki para refrear a ação das milícias iraquianas e erguer um sistema judicial no país.
"É vital que o povo iraquiano saiba com certeza que os EUA não vão abandoná-lo, agora que já chegamos tão longe", disse Bush desde sua fazenda em Crawford, Texas, em discurso semanal de rádio. O presidente norte-americano exortou outros países a cumprir suas promessas de ajuda.
"Vamos incentivar outros países a cumprirem as promessas monetárias que já fizeram para ajudar o novo governo iraquiano a ter sucesso", disse Bush. A comunidade internacional prometeu cerca de 13 bilhões de dólares, mas até agora foram vertidos apenas cerca de 3 bilhões.
Diplomatas dos EUA vão viajar à Ásia, Europa e Oriente Médio para falar com doadores, alguns dos quais temem que seu dinheiro seja empregado para a segurança, em lugar da reconstrução do país.
"INIMIGOS DETERMINADOS"
Bush disse que, à medida que o Iraque fizer avanços nas áreas de política, economia e segurança, a comunidade internacional, em troca, dará ao país um apoio político e econômico "mais robusto".
Embora a guerra tenha ajudado a fazer seus índices de aprovação cair para o nível mais baixo de sua presidência, Bush não deu nenhum indício sobre qualquer retirada iminente dos 129 mil soldados norte-americanos estacionados no Iraque, apesar das pressões domésticas nesse sentido antes das eleições para o Congresso dos EUA, em novembro.
"Enfrentamos inimigos determinados .... e derrotá-los vai exigir mais sacrifícios e a paciência contínua deste país", disse o presidente norte-americano.
Bush negou-se a fixar um prazo para a retirada das tropas norte-americanas, dizendo que isso depende da performance das forças iraquianas.
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