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Internacional
Sábado - 17 de Junho de 2006 às 17:35

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Dirigentes de 18 países assistiram hoje no Cazaquistão à segunda cúpula da Conferência de Cooperação e Medidas de Confiança na Ásia (CCMCA), fórum regional que busca resolver conflitos, dar respostas coletivas aos novos desafios no âmbito da segurança e promover a interação econômica.

A segunda cúpula foi aberta com a entrada da Coréia do Sul na CCMCA, que reúne Afeganistão, Azerbaidjão, China, Egito, Índia, Irã, Israel, Cazaquistão, Quirguistão, Mongólia, Paquistão, Palestina, Rússia, Tailândia, Tadjiquistão, Turquia e Uzbequistão.

Além disso, participaram como observadores representantes dos EUA, Indonésia, Japão, Malásia, Ucrânia e Vietnã, além da ONU, da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e da Liga Árabe, informou a agência russa "Interfax".

O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, planejou este fórum em 1992, organizou a primeira reunião dez anos mais tarde e voltou hoje a recebê-lo na antiga capital do país, com a idéia comum de transformá-lo em outra tribuna multilateral para a solução dos principais problemas políticos, econômicos e militares na Ásia.

A ampla representação condicionou os discursos a ficarem centrados nos conflitos regionais e internacionais, como os dos programas nucleares do Irã e da Coréia do Norte, a crise entre palestinos e israelenses e a disputa entre as fronteiras da Índia e do Paquistão.

"Um grande trabalho nos espera para aproximar nossos interesses, que nem sempre coincidem", disse o presidente do Cazaquistão, que propôs formular o modo de aplicação de uma série de medidas para evitar possíveis disputas entre os países-membros.

Nazarbayev qualificou a CCMCA como "primeiro passo para a criação de estruturas de segurança comuns na Ásia", e disse que a estabilidade regional depende do nível de desenvolvimento econômico dos países e de sua luta conjunta contra a miséria e a degradação social.

O presidente da China, Hu Jintao, insistiu na necessidade de os países-membros criarem "uma nova configuração de segurança na Ásia, para que esta se transforme em uma região de estabilidade e prosperidade comum".

Hu propôs estender à CCMCA o princípio de multilateralismo que foi proclamado nesta semana na cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, em inglês), como base de uma nova ordem mundial.

"Devemos apoiar esse enfoque multilateral, exercer uma política de boa vizinhança e aumentar nossa cooperação tanto na região como fora de seus limites", disse.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a CCMCA, em seus quatro anos de existência, "mostrou sua viabilidade e as vantagens do diálogo sobre as divergências".

"Só esse alto nível de interação dará eficácia a nossa luta contra fenômenos como o terrorismo e o extremismo, o narcotráfico e o crime organizado transnacional, a transmissão da aids, a gripe aviária e outras doenças mortais", disse o presidente russo.

Em uma decisão solidária, os participantes do fórum aprovaram uma declaração que apóia a reforma da ONU e se pronuncia "a favor de um candidato asiático ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas".

O documento defende a iniciativa de "declarar a Ásia Central como região livre de armas atômicas" e apóia o processo de não-proliferação nuclear, a destruição das armas de extermínio e a luta contra o terrorismo.

Ao mesmo tempo, a declaração defende o "direito inalienável de todo estado de ter acesso às tecnologias, materiais e equipamentos nucleares" e a desenvolver a energia atômica civil "com fins pacíficos" e sob supervisão internacional.

A declaração pede ainda uma "luta universal, conseqüente e sem diferenças contra o terrorismo", de modo que não seja "associado a nenhuma religião, nacionalidade, civilização ou grupo étnico".

Os participantes do fórum criaram uma secretaria permanente da CCMCA, com sede em Alma-Ata, antiga capital do Cazaquistão, e fizeram um acordo para realizar a próxima cúpula em 2010.

O vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse no fórum que a proposta internacional feita a Teerã oferece a possibilidade de "dar um passo adiante" na polêmica em torno de seu programa nuclear.

"A proposta que o alto representante da União Européia para a Política Externa e de Segurança Comum, Javier Solana, nos expôs oferece uma possibilidade de avançar com base na confiança, na boa vontade e na igualdade", disse.

Araghchi ainda ressaltou que o "Irã se propõe a exercer seu direito de desenvolver a energia nuclear como participante do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e membro da ONU, que compartilha a idéia do desarmamento atômico".

O presidente afegão, Hamid Karzai, pediu à comunidade internacional maior ajuda e coordenação para combater o narcotráfico e o extremismo islâmico, ao dizer que "a cooperação é o ingrediente-chave para o sucesso da luta antiterrorista".

Dirigentes de 18 países assistiram hoje no Cazaquistão à segunda cúpula da Conferência de Cooperação e Medidas de Confiança na Ásia (CCMCA), fórum regional que busca resolver conflitos, dar respostas coletivas aos novos desafios no âmbito da segurança e promover a interação econômica.

A segunda cúpula foi aberta com a entrada da Coréia do Sul na CCMCA, que reúne Afeganistão, Azerbaidjão, China, Egito, Índia, Irã, Israel, Cazaquistão, Quirguistão, Mongólia, Paquistão, Palestina, Rússia, Tailândia, Tadjiquistão, Turquia e Uzbequistão.

Além disso, participaram como observadores representantes dos EUA, Indonésia, Japão, Malásia, Ucrânia e Vietnã, além da ONU, da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e da Liga Árabe, informou a agência russa "Interfax".

O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, planejou este fórum em 1992, organizou a primeira reunião dez anos mais tarde e voltou hoje a recebê-lo na antiga capital do país, com a idéia comum de transformá-lo em outra tribuna multilateral para a solução dos principais problemas políticos, econômicos e militares na Ásia.

A ampla representação condicionou os discursos a ficarem centrados nos conflitos regionais e internacionais, como os dos programas nucleares do Irã e da Coréia do Norte, a crise entre palestinos e israelenses e a disputa entre as fronteiras da Índia e do Paquistão.

"Um grande trabalho nos espera para aproximar nossos interesses, que nem sempre coincidem", disse o presidente do Cazaquistão, que propôs formular o modo de aplicação de uma série de medidas para evitar possíveis disputas entre os países-membros.

Nazarbayev qualificou a CCMCA como "primeiro passo para a criação de estruturas de segurança comuns na Ásia", e disse que a estabilidade regional depende do nível de desenvolvimento econômico dos países e de sua luta conjunta contra a miséria e a degradação social.

O presidente da China, Hu Jintao, insistiu na necessidade de os países-membros criarem "uma nova configuração de segurança na Ásia, para que esta se transforme em uma região de estabilidade e prosperidade comum".

Hu propôs estender à CCMCA o princípio de multilateralismo que foi proclamado nesta semana na cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, em inglês), como base de uma nova ordem mundial.

"Devemos apoiar esse enfoque multilateral, exercer uma política de boa vizinhança e aumentar nossa cooperação tanto na região como fora de seus limites", disse.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a CCMCA, em seus quatro anos de existência, "mostrou sua viabilidade e as vantagens do diálogo sobre as divergências".

"Só esse alto nível de interação dará eficácia a nossa luta contra fenômenos como o terrorismo e o extremismo, o narcotráfico e o crime organizado transnacional, a transmissão da aids, a gripe aviária e outras doenças mortais", disse o presidente russo.

Em uma decisão solidária, os participantes do fórum aprovaram uma declaração que apóia a reforma da ONU e se pronuncia "a favor de um candidato asiático ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas".

O documento defende a iniciativa de "declarar a Ásia Central como região livre de armas atômicas" e apóia o processo de não-proliferação nuclear, a destruição das armas de extermínio e a luta contra o terrorismo.

Ao mesmo tempo, a declaração defende o "direito inalienável de todo estado de ter acesso às tecnologias, materiais e equipamentos nucleares" e a desenvolver a energia atômica civil "com fins pacíficos" e sob supervisão internacional.

A declaração pede ainda uma "luta universal, conseqüente e sem diferenças contra o terrorismo", de modo que não seja "associado a nenhuma religião, nacionalidade, civilização ou grupo étnico".



Os participantes do fórum criaram uma secretaria permanente da CCMCA, com sede em Alma-Ata, antiga capital do Cazaquistão, e fizeram um acordo para realizar a próxima cúpula em 2010.

O vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse no fórum que a proposta internacional feita a Teerã oferece a possibilidade de "dar um passo adiante" na polêmica em torno de seu programa nuclear.

"A proposta que o alto representante da União Européia para a Política Externa e de Segurança Comum, Javier Solana, nos expôs oferece uma possibilidade de avançar com base na confiança, na boa vontade e na igualdade", disse.

Araghchi ainda ressaltou que o "Irã se propõe a exercer seu direito de desenvolver a energia nuclear como participante do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e membro da ONU, que compartilha a idéia do desarmamento atômico".

O presidente afegão, Hamid Karzai, pediu à comunidade internacional maior ajuda e coordenação para combater o narcotráfico e o extremismo islâmico, ao dizer que "a cooperação é o ingrediente-chave para o sucesso da luta antiterrorista".





Fonte: EFE

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