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Nacional
Sábado - 17 de Junho de 2006 às 15:07

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O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, iniciou sua campanha eleitoral em terras gaúchas no sábado pela manhã, em Rio Grande. A comitiva tucana desembarcou às 10h40min no aeroporto regional do mais antigo município gaúcho.

Ao lado da candidata ao governo estadual Yeda Crusius, Alckmin foi recebido por dirigentes, vereadores e simpatizantes dos partidos coligados - entre eles, PMDB, PFL e PPS. Evitando polêmica, o tucano limitou-se a enumerar suas principais propostas de governo.

Na entrevista coletiva com a imprensa, o ex-governador de São Paulo reafirmou sua posição a favor de mudanças no panorama econômico nacional e disse ter uma "obsessão pelo crescimento. "Ainda estamos elaborando o programa de governo, mas sabemos que é preciso voltar nossa atenção à agricultura, especialmente a de grãos".

Outros setores, como as indústrias têxtil, calçadista, de móveis e máquinas, também foram citados como representantes da crise do atual governo, segundo ele. A segurança pública também ganhou críticas. "É preciso revermos a legislação federal. As leis são muito duras com os bandidos pequenos, e frouxas com o crime organizado. Vamos trabalhar para mudar isso", disse, antecipando que, se eleito, irá liberar recursos do Fundo Penitenciário já em janeiro.

Em relação ao projeto do PMDB gaúcho de implodir a candidatura da deputada federal Yeda ao Palácio Piratini, Alckmin foi taxativo. "Cada estado tem uma singularidade que precisa ser respeitada. É preciso conversar", resumiu, lembrando que já foi do MDB e deixou o partido para fundar o PSDB. A uma semana da convenção oficial, os peemedebistas prometem fazer pressão para que a tucana desista ou seja vice de Germano Rigotto, que busca a reeleição como governador. A decisão garantiria o palanque do PMDB em solo gaúcho.

Sobre as pesquisas, que lhe apontam 19% de intenção de voto, Alckmin disse não terem "valor político" antes da campanha eleitoral. "Elas retratam o nível de conhecimento dos eleitores, o recall, ou seja, a lembrança do nome de cada candidato. Sou conhecido em metade do país, mas para isso existe campanha", justificou. Bem-humorado, Alckmin ainda arriscou um palpite para o placar da próxima partida da Seleção: "3 a 1 Brasil."

Após a coletiva, o tucano visitou as instalações do Superporto, o auto-intitulado porto do Mercosul. De Rio Grande, o pré-candidato partiu para Pelotas, onde prestigiou a 14ª Feira Nacional do Doces (Fenadoce), e encerrou o roteiro em Bagé, num encontro com quase 500 ruralistas da região da Campanha.

Críticas ao governo Embora tenha moderado nas críticas ao governo neste sábado, na noite de sexta-feira Alckmin não poupou artilharia contra Lula.

Em passagem pela festa de peão de boiadeiro de Americana, onde foi recebido por uma platéia dividida entre aplausos e vaias, o candidato à presidência pelo PSDB pediu que Lula esclarecesse quem é o "chefe da quadrilha de 40 ladrões" e o acusou de populismo cambial e fiscal, que gera "emprego na China" e leva a uma grave crise na indústria. "Sobre caráter, eu acho difícil que o presidente Lula possa discorrer sobre esse tema", alfinetou Alckmin.

"O procurador geral da República disse que havia nos altos escalões da República uma quadrilha de 40 ladrões. E a população pergunta, quem é o chefe? É isso que ele precisa responder à sociedade brasileira. Enquanto não responde isso, não tem que discutir mais nada", afirmou o tucano.





Fonte: Agência Estado

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