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Sábado - 17 de Junho de 2006 às 10:14
Por: Danielle Araújo

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As recorrentes cenas de escravos no tronco em Sinhá Moça desapareceram gradativamente. As autoras Edilene e Edmara Barbosa resolveram investir mais em romances. Talvez porque desde a estréia da novela, no dia 13 de março, a média de audiência da novela caiu de 35 pontos para 30.

Agora, mais recheada de histórias de amor, a trama conseguiu alcançar a média de 34 pontos no Ibope. Embora seja um índice satisfatório para o horário, a audiência da novela ainda deixa a desejar em relação aos números da antecessora Alma Gêmea, que freqüentava a média de 38 pontos.

Mas, ironicamente, as cenas de sofrimentos dos escravos ao menos deixavam a trama mais ágil. Atualmente, dá sono ao assistir o "remake". As cenas são copiosamente longas e os movimentos das câmaras dão tonteiras. A idéia de remeter ao enquadramento típico do cinema é até interessante. Mas a impressão que se tem é o que os diretores ainda não têm o limite exato de utilização do novo "brinquedinho" de edição - o High Definition.

Mesmo com o excesso de morosidade narrativa, algumas histórias de amor conseguem se sobressair. A exemplo disso, está o amor impossível que Ricardo, interpretado por Bruno Gagliasso, alimenta pela enxutíssima Dona Cândida, vivida por Patrícia Pillar. Os dois protagonizam cenas hilariantes. O ator, particularmente, tem dado um show de interpretação na pele do tímido e romântico caipira. Já Patrícia deixou o perfil de sua personagem menos fragilizado. Na atual versão, Dona Cândida é uma mulher mais firme devido ao "tom" de interpretação da atriz.

Também se destaca na trama o intrépido romance entre Adelaide e José Coutinho, interpretados, respectivamente, por Lucy Ramos e Eduardo Pires. Os atores têm bom entrosamento em cena e são os responsáveis pelos momentos que contém mais emoção na novela. Aliás, atualmente, a relação dos dois ocupam mais espaço que a insossa história de amor entre protagonistas.

Além deles, outro namoro que não convence é o de Juliana e Dimas, personagens de Vanessa Giácomo e Eriberto Leão, que parecem indiferentes um ao outro. Talvez o romance vá esquentar mais quando a moça se envolver com Mário, de Caio Blat. Entre acertos e erros, o resultado é que Sinhá Moça se torna a cada dia um folhetim mais água-com-açúcar.





Fonte: TV Press

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