PFL acusa Lula de comandar esquema de corrupção
Como recurso para reforçar a tese, exibe, numa maquete do interior do Palácio do Planalto, a proximidade do gabinete de Lula com os principais nomes da "quadrilha" denunciada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, por corrupção ativa e desvios de verbas públicas. "Então, Lula é incapaz de controlar até mesmo seu ambiente de trabalho?", questiona um ator.
O programa mostra ainda os afagos do presidente a três dos principais integrantes do esquema: o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu; o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. O presidente aparece elogiando cada um deles, após eles terem deixado os cargos no governo e no partido por não conseguirem se defender de denúncias.
Sobre o ex-chefe da Casa Civil, o programa mostra a afirmação de Lula que "feliz do País que tem um político da magnitude de José Dirceu". Lula aparece, igualmente enfático, chamando o ex-tesoureiro de "nosso Delúbio" e quando afirma ter com Palocci "uma relação de companheiro, possivelmente mais do que a relação de irmão". "O presidente diz que não via nada, mas a seu lado os amigos construíram uma organização criminosa sem precedente no nosso País", afirma o programa do PFL.
Posando diante de manchetes da imprensa e de outros jornais sobre os crimes atribuídos a petistas, o apresentador avisa no início programa que o que o assunto "é de interesse de todos os brasileiros". Faz, em seguida, um apanhado das denúncias iniciadas com o flagrante do ex-servidor dos Correios Maurício Marinho recebendo propina.
A próxima tomada é do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) contando parte do que sabia sobre o esquema patrocinado por petistas de peso no governo.
Além de Lula e das acusações contra seus ex e atuais auxiliares, são exibidas a entrevista do procurador-geral denunciando a "quadrilha", da notícia crime protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de cenas do quebra-quebra do MLST na Câmara dos Deputados, seguido do apelo: "Não dá mais para deixar o País nas mãos dele."
Nas cenas finais, o partido insiste na ligação do presidente com os integrantes da "quadrilha". Eles são chamados um a um e aparecem como bonequinhos de papel, de mãos dadas. Primeiro Lula, seguido de José Dirceu, Gushiken, Delúbio Soares, Silvio Pereira, Marcos Valério, Paulo Okamotto e, por último, o líder do MLST, Bruno Maranhão.
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