Bovespa não sustenta recuperação e cai mais de 1%; dólar recua
O dólar comercial tinha baixa de 1,29%, vendido a R$ 2,281. A moeda norte-americana acompanhava o risco Brasil, que caía 5,07%, aos 262 pontos.
Hoje foi divulgado nos EUA um indicador que reforça os temores de mais aumentos de juros por lá: o CPI (Índice de Preços ao Consumidor, da sigla em inglês) registrou inflação de 0,4% em maio, e o seu núcleo ficou em 0,3%, variação acima das expectativas de 0,2%.
Em 10 de maio, o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) aumentou em 0,25 ponto percentual, para 5% ao ano, sua taxa básica de juros. Foi a 16ª elevação consecutiva, e esperava-se uma sinalização do fim do ciclo de altas, que não veio. Quando os juros nos EUA sobem, os grandes investidores internacionais abandonam aplicações em mercados como o brasileiro para se refugiar em ativos mais seguros, como os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano), daí a forte turbulência observada desde então.
O saldo de investimento estrangeiro na na Bovespa está negativo em R$ 1,127 bilhão nos nove primeiros dias de junho. No período, houve vendas de ações no valor de R$ 6,836 bilhões e compras de R$ 5,709 bilhões. No acumulado do ano, ainda há superávit de R$ 582,887 milhões.
Os analistas consideram que houve um exagero no recente mau humor, porque os fundamentos da economia brasileira continuam positivos, as perspectivas para as empresas do país são boas e a maior parte do movimento global de realocação de recursos por conta de uma nova percepção de risco já se deu.
A Bolsa de Nova York, após subir pela manhã, passou a apresentar volatilidade.
O dólar paralelo tinha queda de 1,23%, a R$ 2,40, e o turismo recuava 0,41%, a R$ 2,38.
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