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Quarta - 14 de Junho de 2006 às 15:40

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Os assentamentos, uma das principais reivindicações dos movimentos de trabalhadores rurais a favor da reforma agrária, são responsáveis por cerca de 15% dos desmatamentos ocorridos na Amazônia. Foi o que revelou um estudo feito pelo Instituto do Homem da Amazônia (Imazon).

O instituto analisou 343 assentamentos estabelecidos no Pará, Rondônia e Mato Grosso, especialmente ao longo do Arco do Desmatamento, que abrange grande parte da região oeste do Pará, área em que o presidente Lula garantiu na semana passada que terá uma atenção especial por parte do governo.

Segundo o levantamento, na última década, a área de assentamentos atingiu quase 37 mil quilômetros quadrados. Desse total, aproximadamente 20% da área estava desmatada até a criação dos assentamentos, enquanto 80% eram florestas nativas. A partir da criação dos assentamentos foram desmatados 4.652 quilômetros quadrados, o que corresponde a 13% da área dos assentamentos e 16% das florestas nativas no ano de criação. O Imazon afirma que a taxa de desmatamento de 1,8% ao ano foi quatro vezes maior se comparada à taxa média de desmatamento na Amazônia.

"Um dos motivos desse rápido avanço do desmatamento pode ser o acesso de pequenos produtores aos recursos disponíveis pela reforma agrária, como a posse da terra e crédito subsidiado - dizem os pesquisadores responsáveis pelo estudo, Amintas Brandão e Carlos Souza Júnior.

Os pesquisadores constataram que 43% dos assentamentos mapeados apresentaram mais de 75% de sua área desmatada. Nesses casos, segundo eles, pode ter havido desmatamento irregular em álgumas áreas de proteção legal.





Fonte: Globo Online

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