Volks ameaça demitir se não houver acordo com sindicato

A diretoria de Recursos Humanos da Volkswagen disse hoje que pode começar a demitir a partir de manhã se não houver acordo sobre os pontos apresentados pela empresa para redução de produção e de pessoal na reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos, marcada para a tarde desta quarta-feira.

De acordo com a montadora, a unidades de Taubaté e de São José dos Pinhais são as que correm maior risco de terem demissões, já que a fábrica da Anchieta (ABC) está com um acordo de estabilidade de emprego até novembro deste ano.

A empresa deixou claro que haverá demissões inevitavelmente e que o número de empregos cortados dependerá do acordo com o sindicato.

A lista de medidas da empresa inclui ainda a renegociação do acordo trabalhista deste ano, propondo o corte do aumento salarial real de 1,4% já fechado e vinculando 15% da reposição da inflação à produtividade.

A Volks pretende cortar 20% dos seus custos em todas unidades até 2008, por causa da estimativa de redução de 40% nas exportações neste período.

As propostas da empresa já foram apresentadas ao sindicato, mas ainda não houve uma reunião entre a Volks e representantes dos trabalhadores para possível negociação.

A reunião desta tarde é a primeira na tentativa de avançar nas negociações. O sindicato, entretanto, já avisou que não aceitará demissões ou redução de benefícios.

Os executivos da montadora insistiram hoje que a determinação da matriz na Alemanha é que uma da cinco fábricas pode ser fechada no Brasil se não houver negociação com o sindicato.