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Policia MT
Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 às 07:42

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Dois policiais civis de Sinop foram presos nesta sexta-feira (1°) sob suspeita de terem executado um homem, praticado tortura e proferido ameaças contra outros três durante uma diligência. Eles estão sob custódia da própria Corporação por força de um mandado de prisão temporária.

Os dois policiais, um de 37 e outro de 43 anos de idade, teriam ido cumprir a prisão de quatro homens suspeitos de envolvimento com furto a motocicletas em Sinop no município de Peixoto de Azevedo, no último dia 17. Apesar de não haver qualquer mandado de prisão, os policiais se dirigiram à cidade, prenderam os quatro arbitrariamente e pegaram a estrada de volta a Sinop.

Apenas três dos quatro detidos em Peixoto de Azevedo voltaram para Sinop. Segundo a delegada regional da cidade, Maria Antônia Soares, eles contaram que, no caminho, os dois policiais civis executaram um dos presos, de 25 anos, numa área de matagal próxima a Itaúba, distante 599 km de Cuiabá. Em seguida, os policiais civis também teriam torturado os outros três e, por conta do suposto episódio, ameaçado-os.

A delegada explica que realizou diligências na suposta cena do crime. Não foi encontrado, contudo, qualquer corpo ou vestígio de assassinato no local. Até uma equipe de policiais militares de Itaúba chegou a verificar o local, sem ter constatado qualquer indício de crime. Os três homens presos também não apresentaram marcas de tortura.

Diante da incerteza sobre o suposto assassinato, o homem apontado como vítima é considerado desaparecido pela polícia desde o dia 17. Por outro lado, o impasse levou a delegada a pedir a prisão temporária do policiais até que as investigações, iniciadas na semana passada, esclareçam o caso.

“Entendemos a necessidade de uma prisão temporária em razão da gravidade das denúncias”, justifica. O Ministério Público concordou com a argumentação, o que levou a Justiça em Sinop a expedir o mandado de prisão válido por 30 dias prorrogáveis. A delegada pretende encerrar o inquérito dentro do prazo do mandado judicial, cumprido nesta sexta-feira.

Diretoria e Corregedoria da Polícia Civil acompanham o caso. Um dos agentes spreso tem 11 anos de experiência. O segundo é policial civil há seis anos, mas já atuou como Policial Militar no Paraná.






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