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Cidades/Geral
Quarta - 14 de Junho de 2006 às 11:16

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Bill Clinton elogiou ontem o programa Bolsa-Família, do governo federal, e defendeu a redução da tarifa que os EUA cobram do etanol exportado pelo Brasil, atualmente de US$ 0,54 por galão (3,7 litros).

O ex-presidente americano, que falava no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), um dos patrocinadores do programa social brasileiro, vem fazer coro a uma crescente tendência pró-combustível do Brasil nos EUA; nas últimas semanas, o presidente George W. Bush defendeu o fim da taxa, e o Senado discute proposta.

O subsídio só se justificaria em agriculturas incipientes, disse ele, "e esse não é o caso da produção de álcool combustível, que nos EUA já tem mais de cem anos". Para Clinton, "como não há perspectiva razoável de produção de etanol aqui na quantidade e qualidade da brasileira, a taxa deveria ser reduzida", e a chegada do produto aos EUA, facilitada.

Em manhã particularmente elogiosa ao país, o democrata destacou Porto Alegre, "uma das primeiras "cidades verdes" do Brasil", no sentido de utilização das chamadas "energias limpas". "Se Porto Alegre conseguiu, por que não São Paulo, Rio, México e outra cidades grandes?", perguntou o ex-presidente, que elogiaria ainda o programa anti-Aids brasileiro.

Disse ainda que a América Latina precisa adotar uma "estratégia triangular", a saber: "Responsabilidade fiscal, que atrai capital estrangeiro, estabiliza os países e não distorce a renda das pessoas com inflação". "Nessa margem de ação, precisamos investir o quanto for inteligentemente possível em programas sociais que trabalham para dar às pessoas de baixa renda incentivos financeiros para colocar seus filhos na escola", disse, para depois citar o Bolsa-Família brasileiro como exemplo.





Fonte: Folha de S. Paulo

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