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Saúde
Quarta - 14 de Junho de 2006 às 07:30

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A estruturação dos laboratórios públicos e a quebra de patente são algumas soluções para resolver a pendência que existe no tratamento da Aids no Brasil. Esta é a avaliação que faz o diretor do laboratório público Farmanguinhos, ligado à Fiocruz, referência mundial na produção de antiretrovirais, Eduardo Eduardo de Azeredo Costa.

Em entrevista pelo telefone ao jornal A Gazeta, ele diz que uma remessa de 18 milhões de comprimidos encomendados pelo MS para este mês podem atrasar. "Não, faltar eu não acredito, mas estamos com problemas para cumprir prazos". Ele explica que a maior parte dos princípios ativos dos medicamentos são importados de laboratórios asiáticos (principalmente da China e da Índia), que têm os preços mais baixos, mas nem sempre chegam na especificação correta para o processamento dos laboratórios brasileiros.

"A questão é administrativa. Muitos laboratórios, alguns são multinacionais, conseguem fazer o trabalho adequado porque ou produzem a matéria-prima aqui mesmo ou trazem das suas filiais. Agora, os laboratórios públicos, responsáveis pela fabricação da maioria dos remédios, são regidos por força de uma rígida Lei de Pregão".

Costa aposta ainda na criação de um Plano Plurianual de compra dos medicamentos, bem como estrutura financeira para manutenção organizada do fluxo de produção. (RD)





Fonte: A Gazeta

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