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Cidades/Geral
Quarta - 14 de Junho de 2006 às 07:03
Por: Andréa Fontes

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Alessandra Trevisan Vedoin, filha dos donos da Planam, será interrogada hoje pela primeira vez pelo juiz da 2ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, no processo que apura os crimes da operação "Sanguessuga", e uma das estratégias da defesa deve ser pedir a exceção de suspeição do magistrado, segundo afirmou uma fonte à reportagem.

Alessandra, que continua presa no Presídio Feminino Ana Maria Couto May, irá argumentar que era amiga de Schneider, o que tornaria a condução do processo contra ela dificultado do ponto de vista do juiz. O interrogatório está previsto para as 18 horas.

Na primeira análise, a relação de amizade poderia beneficiar Alessandra, o que tornaria o argumento contraditório. Entretanto, a estratégia da defesa dos principais acusados tem sido a de retirar o processo de Mato Grosso. O objetivo é remetê-lo para o Acre, onde ocorreram as primeiras investigações e o processo acabou sendo arquivado; ou para o Supremo Tribunal Federal (STF), sendo que os advogados argumentam que, como há parlamentares envolvidos e que possuem foro privilegiado, a Corte que tem a competência para julgar e processar é o STF.

A fonte garantiu que a família Trevisan-Vedoin está recebendo orientações de diversos advogados e chegaram a propor ao advogado da ex-funcionária do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino, Eduardo Mahon, que assumisse o caso.

Segundo informações apuradas pela reportagem, Eduardo Mahon esteve diversas vezes na Polinter, onde estão os homens presos durante a operação, mesmo após seu outro cliente da operação, José Thomaz de Oliveira Neto, ter conseguido habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF), 1ª Região. A fonte garantiu que Mahon conversou, por várias vezes, com os três principais membros da família: Darci José Vedoin, Luiz Antônio Trevisan e Ivo Marcelo Spínola.

Procurado pela reportagem, Mahon, que estava em Brasília acompanhando o julgamento dos HC no TRF na segunda-feira, não quis comentar o assunto, afirmando apenas que "os clientes têm direito à defesa ampla e contratações não são tratadas pela imprensa".

Se concretizada, está será a terceira banca de advogados que tentará defender a família. O primeiro a responder pela defesa foi o escritório do advogado Roberto Cavalcanti, que já prestava serviços para as empresas da família e, antes mesmo de estourar a operação, já tentava recursos no Supremo Tribunal Federal para que o processo fosse avocado pela Corte Suprema. Após perder o recurso no STF e serem divulgadas as informações de tentativa de suborno no STF, o advogado deixou o processo. Quem assumiu e está conduzindo a defesa é a advogada Laura Gisele Spinola, que seria prima do genro de Darci, Ivo Marcelo Spinola.

A família conseguiu nesta semana as primeiras vitórias no processo, uma vez que o TRF concedeu HC à mulher de Darci, Cléia Maria Trevisan, e à nora Helen Paula Duarte Cirineu Vedoin. O HC ao genro da família foi negado na semana passada. Os recursos para Darci, Alessandra e Luiz Antônio ainda não foram julgados.





Fonte: A Gazeta

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