Jovem Suíça pára a velha França

A jovem seleção da Suíça conseguiu parar a velha França – média de idade superior a 30 anos. O time de veteranos dos “Le Bleus” se mostrou superado em sua estréia pelo grupo G da Copa do Mundo não saiu de um empate por 0 x 0 contra a “equipe dos alpes”.

O forte calor em Sttutgart também serviu para que os franceses não conseguissem ter fôlego para furar a zaga suíça. Pior: a França, que em 2002 foi eliminada na primeira fase da Copa sem marcar nenhum gol, volta a conviver com esse fantasma. Já os suíços comemoram o resultado. O grupo G é liderado pela Coréia do Sul, que nesta terça-feira venceu Togo por 2 x 1.

No primeiro tempo, os primeiros 20min foram mornos. As duas equipes preferiram se estudar e pouco arriscaram em jogadas agudas. A França, para variar, sempre dependente da organização de Zinedine Zidane, enquanto os suíços apostavam na forte marcação e nos contragolpes para surpreender.

A primeira jogada mais perigosa saiu exatamente de um lance de contra-ataque, que resultou em falta para a Suíça. Na cobrança, a bola descobriu Alex Frei, que entrou por trás da zaga francesa, e, meio sem jeito, acertou a bola na trave.

O lance acordou a França, que decidiu tomar as rédeas da partida, mas pecou muito nas finalizações. Zidane organizava como sempre, Henry preparava como nunca, mas os “Le Bleus” se ressentiam de um matador para colocar a bola na rede. A grande chance francesa aconteceu aos 37min: Zidane serviu Ribery, que em vez de chutar preferiu passar para Henry. Ele chutou e a bola pegou na mão esquerda de Ludovic Magnin. Os franceses pediram pênalti, mas o árbitro russo Valentin Ivanov ignorou o lance.

Três minutos depois, a França levou um susto. Henry foi à linha de fundo, tentou um cruzamento e sentiu dores na coxa esquerda. O técnico Raymond Domenech chegou a cogitar sua substituição, mas o jogador se recuperou.

O segundo tempo começou copiando o que aconteceu na etapa inicial. Nos primeiros 18 minutos, as duas equipes preferiram não ousar e abusaram do excesso de toques de bola entre a zona defensiva e o meio-campo. O jogo só ganhou alguma intensidade depois que a Suíça promoveu uma substituição, sacando Marco Streller e colocando Daniel Gygax. E foi Gigax quem criou a primeira emoção da etapa final: aos 19min, ele entrou pela direita e chutou em cima de Barthez, que salvou a França.

O lance parece ter desequilibrado os franceses. Incomodados com o fato de não conseguirem criar jogadas de ataque, os jogadores começaram a se enervar e Zidane e Gallas chegaram a bater boca em campo. A discussão mostrou toda a fragilidade da França, que seguiu sem conseguir vencer o consistente sistema defensivo da Suíça. E tudo o que a jovem equipe suíça queria era isso: segurar a velha França e sair do Gottlieb Daimler, em Sttutgart, com um empate. Nem que fosse por 0 x 0.

FRANÇA 0 x 0 SUÍÇA

França: Fabien Barthez; Willy Sagnol, Lilian Thuram, William Gallas e Eric Abidal; Patrick Vieira, Claude Makelele, Sylvain Wiltord (Vikash Dhorasoo) e Zinedine Zidane; Frank Ribéry (Louis Saha) e Thierry Henry Técnico: Raymond Domenech

Suíça: Pascal Zuberbuehler; Ludovic Magnin, Philippe Senderos, Patrick Mueller (Johan Djourou) e Philipp Degen; Raphael Wicky (Xavier Margairaz), Johann Vogel, Tranquillo Barnetta e Ricardo Cabanas; Marco Streller (Daniel Gygax) e Alex Frei Técnico: Koebi Kuhn

Data: 13/6/2006 (terça-feira) Horário: 13h (horário de Brasília) Local: Gottlieb Daimler Stadion, em Sttutgart (ALE) Árbitro: Valentin Ivanov (Rússia) Assistentes: Nikoli Golubev e Evgeni Volnin (Rússia) Cartões amarelos: Ludovic Magnin, Tranquillo Barnetta, Philipp Degen, Ricardo Cabanas, Zinedine Zidane, Willy Sagnol e Alex Frei