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Internacional
Terça - 13 de Junho de 2006 às 13:32

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O porta-voz do Ministério da Justiça do Irã, Jamal Karimi Rad, informou hoje que a Polícia de seu país prendeu 70 pessoas que participaram de uma manifestação em defesa dos direitos da mulher.

As pessoas detidas - 42 mulheres e 28 homens - foram acusadas de terem participado ontem de uma manifestação ilegal, informa a agência "Isna".

Karimi Rad deu esta informação durante uma entrevista coletiva realizada na prisão de Ewin, em Teerã, onde confirmou que o protesto realizado no centro da capital - que contou com centenas de pessoas para reivindicar o direito ao divórcio para as mulheres - não contava com a autorização oficial.

O porta-voz também afirmou que serão analisados os incidentes que aconteceram durante o protesto, que acabou com a ação da Polícia, que agrediu alguns participantes antes de prendê-los.

"Nenhum oficial tem o direito de bater nas pessoas", declarou Karimi Rad.

Segundo ele, "infelizmente alguns indivíduos querem passar uma imagem falsa dos direitos humanos no Irã".

"Alguns dos detidos já foram colocados em liberdade", disse o porta-voz.

A agência não oficial "Baztab" disse que a manifestação foi convocada por 415 ativistas para os direitos da mulher.

No entanto, algumas das ativistas, entre elas a vencedora do prêmio Nobel da paz Shirin Ebadi, retiraram seu apoio ao protesto, acrescentou a agência, sem dar maiores detalhes sobre o motivo da mudança de posição.

Os manifestantes pediram que a mulher iraniana tenha o mesmo tratamento dos homens na questão do divórcio e no da guarda dos filhos.

Atualmente, uma mulher precisa do consentimento de seu marido para conseguir se divorciar.

Além disso, em um julgamento o testemunho de uma mulher vale a metade de o de um homem.





Fonte: EFE

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