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Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 às 06:59
Por: LAURA NABUCO

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Com 18 votos contra 56 destinados ao adversário Renan Calheiros (PMDB/AP), o senador Pedro Taques (PDT) foi derrotado na disputa pela presidência do Senado, mas comemorou o apoio que recebeu dos parlamentares que compõem o grupo conhecido como independente na Casa.

“Há dois anos o candidato "alternativo" obteve oito votos. Agora, consegui 18 apoiadores. Isso mostra que o Senado está mudando, que mais senadores resistem aos acórdãos. Nós, os perdedores, saudamos a todos, com a dignidade intacta e o coração cheio de esperança”, discursou.

Entre os apoiadores do pedetista não esteve o também mato-grossense Blairo Maggi (PR) que, da tribuna, demonstrou certo arrependimento pela escolha. “Deixei de votar no Pedro Taques, que é do meu Estado, para seguir a orientação partidária e o PR ficou fora da mesa diretora”, reclamou, em alusão ao descumprimento do acordo que a legenda havia firmado.

Jayme Campos (DEM), por sua vez, preferiu não se manifestar. O democrata já vinha dando sinais, no entanto, de que seguiria a maioria, votando em Calheiros.

“Sem dúvida o Taques é um grande nome, mas, por outro lado, o Calheiros é forte, tem um partido com bastante representatividade e é apoiado por uma base grande de legendas”, ponderou em entrevista ao Diário na semana que antecedeu o pleito.

Apesar do voto secreto, lideranças do PSDB, PSB, Psol, DEM e do PMDB tornaram pública a preferência por Taques. Oito senadores fizeram pronunciamentos defendendo o nome do pedetista, entre eles Randolfe Rodrigues (Psol/AP), que até a véspera da eleição também havia se colocado à presidência.

O recuo de Rodrigues foi decidido em reunião realizada nesta quinta-feira (31). Conscientes de que Calheiros detinha maioria dos parlamentares, os independentes optaram por não dividir seus votos entre dois candidatos.

O próprio Taques se apresentava como “anticandidato”. Após a divulgação do resultado, ele reforçou que entrou na disputa ciente de que não seria vencedor, mas que também não deixaria o Senado se passar por submisso e antidemocrático.

Além da candidatura única, o senador mato-grossense pretendia combater a escolha de Calheiros ao cargo de presidente. Isso porque o peemedebista já esteve no comando da Casa em 2007 e renunciou ao cargo para não ter o mandato cassado. À época, ele foi acusado de ter as despesas pessoais pagas por um lobista.

Em seu discurso, Taques destacou as mais de 300 mil assinaturas à petição eletrônica que colheu apoio contra a eleição de Calheiros. O documento estava disponível na internet. “Essa candidatura é daqueles que nunca tiveram voz nesta Casa, é dos mais de 300 mil brasileiros que assinaram a petição online ‘Ficha Limpa no Senado: Renan não’”, lembrou o senador.




Fonte: DO DC

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