Pop e tradicional dividem gostos culturais na Croácia
"Os jovens daqui gostam muito do que vem de fora", acrescenta sua irmã Marina Deur, 37, por telefone da capital do país, Zagreb. Segundo ela, "Big Brother" e "Croatian Idols" [equivalente ao "Ídolos" daqui] são as atrações de maior audiência. Já há até frutos destes programas, como o trio "Feminnem" [veja vídeo].
Formado pelas loiras Pamela Ramljak, 27, Neda Parmac, 21 e Ivana Maric, 24, o conjunto faz suspirar os adolescentes croatas. Sua trajetória, porém, é provável em qualquer outra parte do planeta ocidentalizado: após participarem do "Croatian Idols" --e perderem-- as garotas se juntaram para lançar o hit pegajoso "Volim te, mrzim te" ("Eu te amo, eu te odeio").
Resultado: no começo deste ano o grupo ocupava o topo das paradas com "Zovi", maior sucesso do CD "Feminnem Show" (2005).
Em oposição etária às meninas croatas, há Oliver Dragojevic [veja vídeo]. O músico tem mais de 35 álbuns lançados desde a década de 70. Seu primeiro sopro de sucesso aconteceu quando o país ainda era governado pelo marechal Tito.
"Ele é o Roberto Carlos da Croácia", resume Miroslav. Em seus sapatos, ternos e cabelos brancos, Dragojevic agrada também aos saudosistas da extinta Iugoslávia.
v A síntese dessas duas figuras está no cantor pop Miroslav Skoro [veja vídeo], um dos nomes mais rentáveis do showbizz no país. A canção de sua autoria "Svetinja" é mais baixada para celulares no país nesta semana, segundo a gravadora "Croatia Records". Skoro é a encarnação do boa praça. Seu som traz uma mistura de pop globalizado com "tamburitza", um ritmo local que batiza também um instrumento típico da região.
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