Brasil perde liderança em exportação de soja
As exportações brasileiras de soja devem somar 25,4 milhões de toneladas, volume 2,3% menor que na safra anterior. A produção, segundo o USDA, será de 56 milhões de toneladas em condições ideais, ligeiramente superior às 55,7 milhões de toneladas do período 2005/06.
Outra surpresa é a estimativa para a produção e importações da China. A safra será 1,7% menor, totalizando 16,9 milhões de toneladas, e as importações devem ser recorde, de 31,5 milhões de toneladas, 14,5% maiores que na safra 2005/06.
A oferta mundial será 0,1% maior, de 222,04 milhões de toneladas, enquanto a demanda deve crescer 3,5%, para 219,4 milhões de toneladas, prevê o USDA. "Com isso, os estoques mundiais vão crescer num ritmo menor que o visto nos últimos anos", observa Sayeg. Os estoques mundiais serão de 57,5 milhões de toneladas na safra 2005/06, volume apenas 3,6% maior que o do ano anterior. Entre as safras 2005/06 e 2004/05, os estoques mundiais tinham crescido 15,8%, resultado de uma supersafra mundial.
Apesar do quadro ser ligeiramente mais favorável, o governo americano manteve praticamente estável sua projeção de preços médios da soja para a safra 2006/07. O preço médio deve ficar entre 510 centavos e 610 centavos de dólar o bushel (US$ 11,24 a 13,44 a saca), pouco abaixo da média da safra 2005/06, que foi de 565 centavos de dólar o bushel (US$ 12,45).
Algodão
O USDA prevê que as importações brasileiras de algodão irão praticamente triplicar na safra 2006/07, para 500 mil fardos. Após forte redução do plantio na safra passada, a produção deve se recuperar, chegando a 5,5 milhões de fardos, volume 17% maior. As exportações devem cair 26,8%, para 1,5 milhão.
A safra australiana foi mantida em 2,7 milhões, mas as exportações foram reduzidas em 9,6%, para 2,8 milhões.
Na China, a produção será 4,9% superior, de 27,5 milhões de fardos, enquanto as importações irão aumentar 5,2%, para 20 milhões na safra 2006/07.
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