Emerson estréia quatro anos após planejamento
Capitão da família Scolari que se preparava para o Mundial de 2002, o meio-campista teve um acidente às vésperas da primeira partida daquela competição. Em um lance fortuito, quando brincava de goleiro, machucou o ombro e teve de ser cortado.
Ontem, o volante pôde terminar o reconhecimento de gramado, respirar fundo e dizer: "Estou na Copa". "Com certeza! Há quatro anos não foi nada fácil", disse o jogador, com o semblante bastante feliz. "Na verdade, aquele episódio [corte] não passou muito pela minha cabeça durante o treino", tentou disfarçar. "Mas no gol eu não jogo mais, não. Até porque com o Parreira é proibido", disse.
Hoje, Emerson é uma das principais peças do jogo de xadrez armado por Parreira. Enquanto todo o planeta bola está de olho no badalado quadrado mágico, ele é quem dá sustentação para que Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano possam infernizar os adversários.
"Meu posicionamento na seleção é bem diferente de como eu atuo pela Juventus [da Itália]. Aqui, o meio-campo é meu limite", explica o volantão. Líder por natureza, Emerson é uma espécie de segundo capitão da equipe. "O Cafu [capitão] orienta bastante, fala. Eu, até pela minha personalidade e característica, falo bastante. Procuro posicionar os companheiros."
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