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Economia
Segunda - 12 de Junho de 2006 às 11:46

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O mercado financeiro espera que os juros tenham nova queda na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de julho e alcancem 14,75% ao ano. A previsão faz parte do boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC a partir de consultas a mais de uma centena de instituições financeiras.

Se confirmada, seria uma queda de 0,5 ponto percentual --os juros estão hoje em 15,25%. O BC manteria o ritmo atual de queda, já que em sua última reunião já havia reduzido o corte para 0,5 ponto, após três reduções de 0,75 ponto.

A previsão mostra que atual turbulência nos mercados internacionais devido à expectativa de novas altas de juros nos Estados Unidos não assustou os investidores brasileiros.

Na quinta-feira, o Copom revelou, na ata de sua última reunião, que também considera a turbulência temporária. Os diretores do BC, entretanto, deixaram claro, em caso de piora no cenário internacional, a estratégia do banco será "prontamente adequada", o que significaria até mesmo a interrupção nos cortes de juros.

Até o momento a turbulência só afetou as expectativas de longo prazo. O mercado, que esperava que os juros encerrassem este ano em 14,25%, agora já acredita em uma taxa de 14,5% em dezembro.

Inflação

O mercado acredita que os juros continuarão em queda devido às expectativas de que a inflação mantenha-se sob controle nos próximos meses.

Os dados divulgados até o início de junho são bastante favoráveis e mostram que a queda do dólar tem conseguido impedir aumentos de preços devido à concorrência com importados.

Com pressões apenas pontuais, o mercado acredita que o IPCA (principal índice de inflação do país) encerre este ano em apenas 4,22% --o centro da meta de inflação é de 4,5%.

Foi a segunda semana seguida que as instituições financeiras reduziram suas expectativas de inflação --na semana anterior a estimativa era de 4,31%.

O boletim Focus também traz previsões para o crescimento do PIB (3,6% neste ano), produção industrial (alta de 4,28%) e balança comercial (US$ superávit de US$ 40 bilhões).





Fonte: Folha Online

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