Mercado prevê nova queda de juros apesar de turbulência
Se confirmada, seria uma queda de 0,5 ponto percentual --os juros estão hoje em 15,25%. O BC manteria o ritmo atual de queda, já que em sua última reunião já havia reduzido o corte para 0,5 ponto, após três reduções de 0,75 ponto.
A previsão mostra que atual turbulência nos mercados internacionais devido à expectativa de novas altas de juros nos Estados Unidos não assustou os investidores brasileiros.
Na quinta-feira, o Copom revelou, na ata de sua última reunião, que também considera a turbulência temporária. Os diretores do BC, entretanto, deixaram claro, em caso de piora no cenário internacional, a estratégia do banco será "prontamente adequada", o que significaria até mesmo a interrupção nos cortes de juros.
Até o momento a turbulência só afetou as expectativas de longo prazo. O mercado, que esperava que os juros encerrassem este ano em 14,25%, agora já acredita em uma taxa de 14,5% em dezembro.
Inflação
O mercado acredita que os juros continuarão em queda devido às expectativas de que a inflação mantenha-se sob controle nos próximos meses.
Os dados divulgados até o início de junho são bastante favoráveis e mostram que a queda do dólar tem conseguido impedir aumentos de preços devido à concorrência com importados.
Com pressões apenas pontuais, o mercado acredita que o IPCA (principal índice de inflação do país) encerre este ano em apenas 4,22% --o centro da meta de inflação é de 4,5%.
Foi a segunda semana seguida que as instituições financeiras reduziram suas expectativas de inflação --na semana anterior a estimativa era de 4,31%.
O boletim Focus também traz previsões para o crescimento do PIB (3,6% neste ano), produção industrial (alta de 4,28%) e balança comercial (US$ superávit de US$ 40 bilhões).
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