Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 12 de Junho de 2006 às 10:25

    Imprimir


Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos), tem visto os mercados desabarem a cada sinal de que a política monetária americana possa mudar. Mas ele não é o único a passar por essa prova de fogo. Alan Greenspan e Paul Volcker, seus antecessores, hoje considerados semideuses pelos mercados, também foram testados.

Em agosto de 1987, três meses após Greenspan assumir a presidência do Fed, o dólar começou a cair. Ele subiu os juros, logo as taxas da dívida soberana aumentaram quase 10,5%, e as Bolsas despencaram.

Foi lidando bem com a crise que Greenspan começou a construir a imagem de grande maestro. Mas, à época, analistas diziam que faltava ao presidente do Fed a credibilidade do antecessor, Paul Volcker.

"Greenspan pagou um preço por não ser Volcker", escreveu John Berry, jornalista do "Washington Post", logo após a passagem do bastão. Um comentário bem parecido aos que participantes do mercado têm feito em relação a Bernanke.

Nos oito anos em que permaneceu no Fed, Volcker, por sua vez, experimentou igualmente a sensação de ser questionado pelo mercado. Em 1979, sucedeu a William Miller, em quem Wall Street estava perdendo a confiança. O mercado tampouco confiava no dólar, que, mesmo com a troca de comando no Fed, permanecia fraco e alimentando a inflação nos EUA.

Meses depois, Volcker anunciou um drástico pacote para derrubar a inflação, que ficou conhecido como "Especial de Sábado à Noite", e ele próprio ficou com a marca de "aniquilador da inflação". O custo foi a pior recessão do país desde a Segunda Guerra Mundial. Assim como Greenspan, Volcker foi testado pelo mercado com o colapso do dólar e a explosão de preços do ouro de 1981.

Bernanke também tem sido emparedado por saudosistas da mão firme do ex-presidente do Fed. Eles repetem que se preocupam com "Helicóptero Ben" Bernanke, que ainda precisa mostrar suas credenciais como combatente da inflação.

Transparência

Com seu jeito transparente de expressar dúvidas em relação à economia americana, Bernanke tem sido questionado por seus métodos de comunicação --algo que ocorreu com Greenspan, cuja habilidade como comunicador foi reconhecida anos depois de sua posse.

A combinação de um novo comando e incertezas nos fundamentos econômicos fizeram crescer as expectativas de inflação e disparar a volatilidade no mercado nos dias em que Bernanke ou o Fed se manifestam.

"É um teste do mercado, pois, se essas mesmas palavras fossem ditas pelo seu antecessor, duvido que a volatilidade fosse tão alta como a recente", diz Roberto Dumas, professor do Ibmec.

Para Paulo Tenani, do UBS, não se sabe como Bernanke atuará. "A tendência ainda é dada pela variável fundamental, a inflação. Apenas oscilações ao redor disso são amplificadas pelos 'testes do mercado.'"

"Não sei se é um teste do mercado ou se ele ficou mal impressionado com a mudança de posição de Bernanke: primeiro que o ciclo de aperto estava no fim, depois que talvez fossem necessárias mais informações", diz João Máscolo, da Foresee. Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos), tem visto os mercados desabarem a cada sinal de que a política monetária americana possa mudar. Mas ele não é o único a passar por essa prova de fogo. Alan Greenspan e Paul Volcker, seus antecessores, hoje considerados semideuses pelos mercados, também foram testados.

Em agosto de 1987, três meses após Greenspan assumir a presidência do Fed, o dólar começou a cair. Ele subiu os juros, logo as taxas da dívida soberana aumentaram quase 10,5%, e as Bolsas despencaram.

Foi lidando bem com a crise que Greenspan começou a construir a imagem de grande maestro. Mas, à época, analistas diziam que faltava ao presidente do Fed a credibilidade do antecessor, Paul Volcker.

"Greenspan pagou um preço por não ser Volcker", escreveu John Berry, jornalista do "Washington Post", logo após a passagem do bastão. Um comentário bem parecido aos que participantes do mercado têm feito em relação a Bernanke.

Nos oito anos em que permaneceu no Fed, Volcker, por sua vez, experimentou igualmente a sensação de ser questionado pelo mercado. Em 1979, sucedeu a William Miller, em quem Wall Street estava perdendo a confiança. O mercado tampouco confiava no dólar, que, mesmo com a troca de comando no Fed, permanecia fraco e alimentando a inflação nos EUA.

Meses depois, Volcker anunciou um drástico pacote para derrubar a inflação, que ficou conhecido como "Especial de Sábado à Noite", e ele próprio ficou com a marca de "aniquilador da inflação". O custo foi a pior recessão do país desde a Segunda Guerra Mundial. Assim como Greenspan, Volcker foi testado pelo mercado com o colapso do dólar e a explosão de preços do ouro de 1981.

Bernanke também tem sido emparedado por saudosistas da mão firme do ex-presidente do Fed. Eles repetem que se preocupam com "Helicóptero Ben" Bernanke, que ainda precisa mostrar suas credenciais como combatente da inflação.

Transparência

Com seu jeito transparente de expressar dúvidas em relação à economia americana, Bernanke tem sido questionado por seus métodos de comunicação --algo que ocorreu com Greenspan, cuja habilidade como comunicador foi reconhecida anos depois de sua posse.

A combinação de um novo comando e incertezas nos fundamentos econômicos fizeram crescer as expectativas de inflação e disparar a volatilidade no mercado nos dias em que Bernanke ou o Fed se manifestam.

"É um teste do mercado, pois, se essas mesmas palavras fossem ditas pelo seu antecessor, duvido que a volatilidade fosse tão alta como a recente", diz Roberto Dumas, professor do Ibmec.

Para Paulo Tenani, do UBS, não se sabe como Bernanke atuará. "A tendência ainda é dada pela variável fundamental, a inflação. Apenas oscilações ao redor disso são amplificadas pelos 'testes do mercado.'"

"Não sei se é um teste do mercado ou se ele ficou mal impressionado com a mudança de posição de Bernanke: primeiro que o ciclo de aperto estava no fim, depois que talvez fossem necessárias mais informações", diz João Máscolo, da Foresee. Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos), tem visto os mercados desabarem a cada sinal de que a política monetária americana possa mudar. Mas ele não é o único a passar por essa prova de fogo. Alan Greenspan e Paul Volcker, seus antecessores, hoje considerados semideuses pelos mercados, também foram testados.

Em agosto de 1987, três meses após Greenspan assumir a presidência do Fed, o dólar começou a cair. Ele subiu os juros, logo as taxas da dívida soberana aumentaram quase 10,5%, e as Bolsas despencaram.

Foi lidando bem com a crise que Greenspan começou a construir a imagem de grande maestro. Mas, à época, analistas diziam que faltava ao presidente do Fed a credibilidade do antecessor, Paul Volcker.

"Greenspan pagou um preço por não ser Volcker", escreveu John Berry, jornalista do "Washington Post", logo após a passagem do bastão. Um comentário bem parecido aos que participantes do mercado têm feito em relação a Bernanke.

Nos oito anos em que permaneceu no Fed, Volcker, por sua vez, experimentou igualmente a sensação de ser questionado pelo mercado. Em 1979, sucedeu a William Miller, em quem Wall Street estava perdendo a confiança. O mercado tampouco confiava no dólar, que, mesmo com a troca de comando no Fed, permanecia fraco e alimentando a inflação nos EUA.

Meses depois, Volcker anunciou um drástico pacote para derrubar a inflação, que ficou conhecido como "Especial de Sábado à Noite", e ele próprio ficou com a marca de "aniquilador da inflação". O custo foi a pior recessão do país desde a Segunda Guerra Mundial. Assim como Greenspan, Volcker foi testado pelo mercado com o colapso do dólar e a explosão de preços do ouro de 1981.

Bernanke também tem sido emparedado por saudosistas da mão firme do ex-presidente do Fed. Eles repetem que se preocupam com "Helicóptero Ben" Bernanke, que ainda precisa mostrar suas credenciais como combatente da inflação.

Transparência

Com seu jeito transparente de expressar dúvidas em relação à economia americana, Bernanke tem sido questionado por seus métodos de comunicação --algo que ocorreu com Greenspan, cuja habilidade como comunicador foi reconhecida anos depois de sua posse.

A combinação de um novo comando e incertezas nos fundamentos econômicos fizeram crescer as expectativas de inflação e disparar a volatilidade no mercado nos dias em que Bernanke ou o Fed se manifestam.

"É um teste do mercado, pois, se essas mesmas palavras fossem ditas pelo seu antecessor, duvido que a volatilidade fosse tão alta como a recente", diz Roberto Dumas, professor do Ibmec.

Para Paulo Tenani, do UBS, não se sabe como Bernanke atuará. "A tendência ainda é dada pela variável fundamental, a inflação. Apenas oscilações ao redor disso são amplificadas pelos 'testes do mercado.'"

Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos), tem visto os mercados desabarem a cada sinal de que a política monetária americana possa mudar. Mas ele não é o único a passar por essa prova de fogo. Alan Greenspan e Paul Volcker, seus antecessores, hoje considerados semideuses pelos mercados, também foram testados.

Em agosto de 1987, três meses após Greenspan assumir a presidência do Fed, o dólar começou a cair. Ele subiu os juros, logo as taxas da dívida soberana aumentaram quase 10,5%, e as Bolsas despencaram.

Foi lidando bem com a crise que Greenspan começou a construir a imagem de grande maestro. Mas, à época, analistas diziam que faltava ao presidente do Fed a credibilidade do antecessor, Paul Volcker.

"Greenspan pagou um preço por não ser Volcker", escreveu John Berry, jornalista do "Washington Post", logo após a passagem do bastão. Um comentário bem parecido aos que participantes do mercado têm feito em relação a Bernanke.

Nos oito anos em que permaneceu no Fed, Volcker, por sua vez, experimentou igualmente a sensação de ser questionado pelo mercado. Em 1979, sucedeu a William Miller, em quem Wall Street estava perdendo a confiança. O mercado tampouco confiava no dólar, que, mesmo com a troca de comando no Fed, permanecia fraco e alimentando a inflação nos EUA.

Meses depois, Volcker anunciou um drástico pacote para derrubar a inflação, que ficou conhecido como "Especial de Sábado à Noite", e ele próprio ficou com a marca de "aniquilador da inflação". O custo foi a pior recessão do país desde a Segunda Guerra Mundial. Assim como Greenspan, Volcker foi testado pelo mercado com o colapso do dólar e a explosão de preços do ouro de 1981.

Bernanke também tem sido emparedado por saudosistas da mão firme do ex-presidente do Fed. Eles repetem que se preocupam com "Helicóptero Ben" Bernanke, que ainda precisa mostrar suas credenciais como combatente da inflação.

Transparência

Com seu jeito transparente de expressar dúvidas em relação à economia americana, Bernanke tem sido questionado por seus métodos de comunicação --algo que ocorreu com Greenspan, cuja habilidade como comunicador foi reconhecida anos depois de sua posse.

A combinação de um novo comando e incertezas nos fundamentos econômicos fizeram crescer as expectativas de inflação e disparar a volatilidade no mercado nos dias em que Bernanke ou o Fed se manifestam.

"É um teste do mercado, pois, se essas mesmas palavras fossem ditas pelo seu antecessor, duvido que a volatilidade fosse tão alta como a recente", diz Roberto Dumas, professor do Ibmec.

Para Paulo Tenani, do UBS, não se sabe como Bernanke atuará. "A tendência ainda é dada pela variável fundamental, a inflação. Apenas oscilações ao redor disso são amplificadas pelos 'testes do mercado.'"

"Não sei se é um teste do mercado ou se ele ficou mal impressionado com a mudança de posição de Bernanke: primeiro que o ciclo de aperto estava no fim, depois que talvez fossem necessárias mais informações", diz João Máscolo, da Foresee.

Para o consultor Walter Mundell, Bernanke é mais democrático e prefere não influenciar outros membros do Fed. "Ficou mais difícil para os analistas, viciados no Greenspan, que facilitava o trabalho, pois 'avisava' o que o Fed faria."

"Não sei se é um teste do mercado ou se ele ficou mal impressionado com a mudança de posição de Bernanke: primeiro que o ciclo de aperto estava no fim, depois que talvez fossem necessárias mais informações", diz João Máscolo, da Foresee.

Para o consultor Walter Mundell, Bernanke é mais democrático e prefere não influenciar outros membros do Fed. "Ficou mais difícil para os analistas, viciados no Greenspan, que facilitava o trabalho, pois 'avisava' o que o Fed faria."

Para o consultor Walter Mundell, Bernanke é mais democrático e prefere não influenciar outros membros do Fed. "Ficou mais difícil para os analistas, viciados no Greenspan, que facilitava o trabalho, pois 'avisava' o que o Fed faria."

Para o consultor Walter Mundell, Bernanke é mais democrático e prefere não influenciar outros membros do Fed. "Ficou mais difícil para os analistas, viciados no Greenspan, que facilitava o trabalho, pois 'avisava' o que o Fed faria."





Fonte: Folha Online

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/295242/visualizar/