PF: roubo do BC financiou ataques do PCC
O delegado da PF Antônio Celso dos Santos confirmou ao jornal Folha de S.Paulo que parte do dinheiro furtado do BC em Fortaleza financiou a onda de violência registrada em São Paulo no mês passado. De acordo com Santos, outros R$ 300 mil foram utilizados em assalto frustrado a uma agência do banco ABN Amro, no Paraguai.
Segundo a Folha, com base no relatório da PF, as ações no BC e no Paraguai tiveram estratégias semelhantes, denotando a intervenção do PCC em ambos os casos: o acesso aos cofres se deu por meio de túneis e houve aluguel de imóvel nas cercanias dos bancos, para servir de base e fachada para maquiar a retirada do entulho resultante das escavações.
Ainda segundo as conclusões da PF, sete integrantes do PCC participaram diretamente dos roubos, que tiveram a participação de pelo menos 20 criminosos em ambas as situações.
A PF constatou também que o PCC tem optado por ataques contra transportadoras de valores e cofres de bancos para evitar as agências bancárias, que apresentam segurança mais rígida. Com isso, a facção teria elevado seus ganhos mensais para R$ 1 milhão. Somente em São Paulo, segundo números da Secretaria da Segurança Pública, houve 4.266 roubos de carga em estradas do Estado em 2005. No primeiro semestre de 2006, foram registrados 1.061 ataques - uma média diária de 12 assaltos.
Com o dinheiro arrecadado, o PCC finacia compra de armas, munição e centrais telefônicas clandestinas, bem como a transferência de presos. Além dos roubos, o grupo criminoso também fatura com a cobrança de mensalidades dos "filiados".
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