Cuiabá discute criação de sua Região Metropolitana
A coordenação está a cargo da Secretaria Estadual de Planejamento e Coordenação Geral e vai contar com a participação dos mestres em Ambiente e Desenvolvimento Regional, Álvaro Lucas do Amaral e Rita Chilleto, ambos da Seplan. Também do Especialista em Administração para o Planejamento, Luciano Alves Pinto (Recife) e da representante do Ministério das Cidades, dra Otilie Macedo.
Serão duas mesas-redondas pela manhã e duas à tarde. A primeira delas, será coordenada por Álvaro Lucas do Amaral com o tema: “O Modelo de Gestão do Sistema Urbano-Regional, uma proposta”.
Segundo informou Álvaro Amaral, entre os principais pontos que fomentarão a discussão, ele vai falar sobre os princípios básicos que norteiam uma política de desenvolvimento regional urbana, quais sejam a regionalização, a descentralização e a endogeinização dos processos produtivos, através da criação de pactos de cooperação dos atores territoriais com destaque para a interação entre as cidades/municípios no contexto.
A seguir, a gestora governamental Rita Chilleto fala sobre : “Paradigma Metropolitano – Estratégias de Planejamento e Gestão”. Com foco nos seguintes temas: Entendimento da Região Metropolitana e os Instrumentos de Planejamento e Gestão e a Contextualização do Processo de Implementação das RMs no País.
À tarde, a mesa de debates será aberta como tema “Questões relativas ao Planejamento e Gestão”, tendo como palestrante a representante do Ministério das Cidades, dra Otilie Macedo. Em seguida, Luciano Alves Pinto vai relatar a experiência da Região Metropolitana do Recife.
Participam ainda como moderadores e debatedores, Tereza Cardoso Higa, Shirley Gushiken, Raul Bulhões Spinelli e José Antônio Lemos.
De acordo com a coordenadora do evento e palestrante da segunda mesa de debates Rita Chilleto, a partir da década de 60, Mato Grosso, estimulado pelas políticas do Governo Federal, viveu um processo de intensa urbanização. Os índices apontavam 37% naquela época e chegaram a 79%, em 2000.
“Foi nesse ínterim, que vimos se consolidar o primeiro Aglomerado Urbano do Estado, formado pelos municípios de Cuiabá e Várzea Grande tornando-se legal, um ano depois”, comentou Chilleto.
Ela explica ainda que a velocidade da expansão horizontal das cidades levou ao que tecnicamente se chama de conurbação, ou seja, cidades que têm seus limites imperceptíveis aos olhos da população - fato que gera aspectos particulares não só do ponto de vista da paisagem urbana, mas sobretudo, na demanda por serviços e equipamentos, na pressão ao meio ambiente e na dinâmica da mobilidade urbana.
“Por isso”, argumenta Chilleto, “faz-se necessária a discussão dessas e de outras tantas questões importantes no contexto da criação da Região Metropolitana de Cuiabá. É preciso que sejam identificados os aspectos mais importantes, nas perspectivas não só dos problemas e potencialidades que a região já vivencia mas também dos que certamente virão como resultado desse processo”.
Comentários