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Economia
Segunda - 12 de Junho de 2006 às 07:08
Por: Marcondes Maciel

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A cobrança de pedágio nas rodovias estaduais consorciadas de Mato Grosso está sendo vista com bons olhos pela classe produtora. “Se o dinheiro [do pedágio] for bem administrado e empregado na conservação e restauração das rodovias, apoiamos integralmente a medida”, afirma o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Rui Ottoni Prado.

Segundo ele, é melhor os produtores pagarem o valor do pedágio do que terem prejuízos com o aumento do frete em função das péssimas condições das estradas. “Pagamos atualmente, em média, US$ 80 por tonelada de soja transportada até ao porto de Paranaguá (PR). Estradas mal conservadas acarretam prejuízos, além de provocar atraso nos embarques dos grãos”, lembra.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Jorge Pires, também apóia a cobrança do pedágio desde que a arrecadação seja direcionada à manutenção das rodovias.

“Para nós é melhor pagar o pedágio e termos estradas pavimentadas em condições de trafegabilidade. Com isso, conseguimos baratear os custos do transporte e ainda obtemos uma valorização das terras nas áreas de influência das rodovias”, analisa.

TRANSPORTADORES -- O diretor executivo da Associação dos Transportadores de Cargas do Estado (ATC), Miguel Mendes, diz que os prejuízos decorrentes das péssimas condições das estradas são fatores de desestímulo aos caminhoneiros.

“O prejuízo causado pelos buracos e pelo mau estado de conservação das estradas é bem maior do que o valor do pedágio. Por isso, apoiamos a sua implantação na medida em que os recursos sejam aplicados na conservação e manutenção das rodovias”.

Mendes acredita que com a cobrança do pedágio os exportadores irão inserir mais este item de despesa em sua planilha de custos. “Os valores deverão ser antecipados pelos contratantes do serviço, que são os exportadores. E quem irá pagar na ponta será o próprio produtor”.

No caso das chamadas cargas fracionadas e mercadorias industrializadas (como carnes, frangos e suínos), quem deverá arcar com o pagamento será o transportador.

“Ainda não fizemos as contas do impacto dos custos do pedágio no frete. Mas concordamos em pagar, desde que seja um preço justo e não venha a explorar o caminhoneiro e donos das transportadoras”, frisa o diretor da ATC.





Fonte: Diário de Cuiabá

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