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Internacional
Segunda - 12 de Junho de 2006 às 06:16

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A Al-Qaeda no Iraque prometeu, neste domingo, promover ataques para "sacudir o inimigo". O grupo afirmou, em declaração na Internet, que seus lideres se reuniram após a morte de Zarqawi para discutir estratégias e renovar a promessa ao líder da Al-Qaeda Osama bin Laden. "Nós planejamos operações em grande escala que irão sacudir o inimigo, tirar-lhes o sono, coordenadas com outras facções do conselho de Mujahideen", disse a declaração.

Os líderes do Iraque e o presidente norte-americano George W. Bush saudaram a morte de Zarqawi, ocorrida em um ataque na quarta-feira, como uma grande vitória na batalha contra o "terrorismo." Mas ninguém espera que a violência diminua drasticamente. Rebeldes árabes sunitas e militantes da al Qaeda estão promovendo uma campanha de ataques a bomba e execuções para derrubar o governo liderado pelos xiitas e apoiado pelos EUA.

O comandante norte-americano General George Casey fez a previsão, em uma entrevista ao canal CBS no domingo, de redução da força de 131 mil homens no Iraque gradualmente.

"Desde que as forças de segurança iraquianas continuem a progredir e desde que este governo de unidade nacional continue a operar, eu penso que nós seremos capazes de ver um redução gradual e contínua das forças da coalizão nos próximos meses e no próximo ano," disse ele.

Em mais ataques, como os que ocorrem diariamente no Iraque, três soldados do país foram mortos por rebeldes na província de Anbar. A polícia encontrou o corpo de outro soldado iraquiano com com a cabeça decepada perto de Tikrit. Um policial foi morto e outros dois feridos. Uma bomba também matou quatro pessoas e feriu nove em Bagdá.

O novo primeiro-ministro Nuri al-Maliki espera que o novo governo de unidade nacional acabe com a violência sectária. Ele anunciou na semana passada que mais de 2 mil presos seriam soltos das prisões militares para tentar promover uma reconciliação nacional. Um segundo grupo de prisioneiros foi solto no domingo, após a liberação de quase 600 na semana passada.

A maioria dos presos é da comunidade sunita e o governo de liderança xiita espera que com a medida os traga para a política pacífica. Maliki enfrenta a difícil missão de desmembrar as milícias, ligadas a partidos políticos. Ele prometeu fundir estes grupos às forças de segurança.

"Eu tenho dúvidas quanto a essa fusão das milícias com as forças de segurança porque esta não é a solução. A solução é reabilitar os membros das milícias para serviços civis", disse o major general Mohammed al- Shahwani, chefe da inteligência iraquiana a um jornal.




Fonte: Reuters

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