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Nacional
Segunda - 12 de Junho de 2006 às 05:25

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Levantamento realizado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), a ser entregue hoje ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública, levou entidades ligadas aos direitos humanos a questionarem o número real de mortes divulgadas pelo governo de São Paulo durante a onda de ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) em maio.

O Cremesp concluiu que, entre 12 e 20 de maio, quando se intensificaram os enfrentamentos, o número de mortes por arma de fogo no Estado chegou a 492 pessoas. O número representa uma média diária de 61 mortos - três vezes maior que o número normal (20 pessoas mortas diariamente por arma de fogo. A Secretaria de Segurança Pública admitiu, até agora, o envolvimento da polícia em apenas 122 óbitos.

"Isso só pode demonstrar que houve mais mortes do que a Secretaria de Segurança Pública divulgou", afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo coordenador do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves. Investigações do Ministério Público levantam a suspeita de que cerca de 50 mortes de suspeitos teriam sido patrocinadas por grupos de extermínio.

O relatório do Cremesp, com detalhes técnicos das circunstâncias de cada morte, servirá de base para que a Defensoria, o Ministério Público de São Paulo (MPE)e o Ministério Público Federal (MPF) cruzem as informações para esclarecer os crimes.

Organizações querem a saída de Saulo

Ontem, cerca de 30 organizações ligadas aos direitos humanos realizaram ato público no parque do Ibirapuera, na capital paulista, para solicitar ações do governo público e da sociedade contra a onda de violência. As entidades pretendem emplacar campanha pedindo a saída do secretário de Segurança de São Paulo, Saulo de Abreu.




Fonte: Terra

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