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Internacional
Domingo - 11 de Junho de 2006 às 20:00

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, prepara hoje uma reunião de dois dias com seu "gabinete de guerra", com os comandantes militares e com o novo Governo do Iraque para definir o próximo capítulo da guerra.

O encontro acontecerá na residência presidencial de Camp David, em Maryland, e incluirá teleconferências com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, e com os novos membros de seu Governo escolhidos na semana passada.

Passados mais de três anos depois da invasão americana, a conferência ocorre sob uma atmosfera otimista depois da morte do jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, chefe da Al Qaeda no Iraque, mas à sombra do incidente na cidade iraquiana de Haditha, onde integrantes da Marinha mataram vários civis.

"O Governo iraquiano investiga o incidente em Haditha, e esperamos receber ajuda técnica e científica nesse trabalho", disse o conselheiro de Segurança Nacional do Iraque, Mowaffak al-Rubaie, ao programa "Late Edition" da rede de televisão CNN. "O novo Governo precisa da continuidade da ajuda para o treinamento militar do Exército do Iraque, e precisa de assistência financeira para promover um novo capítulo de desenvolvimento econômico", completou.

Al-Rubaie reiterou a expectativa do primeiro-ministro Al-Maliki de que o Exército iraquiano possa controlar as várias milícias sectárias do país, e se transformar "no único corpo armado autorizado para o uso da força".

A morte de Al-Zarqawi provocou uma leve recuperação de Bush nas pesquisas de popularidade que, durante meses, mostraram o cansaço da população diante de um conflito no qual morreram mais de 2.500 soldados americanos

O Índice IBD/TIPP de Liderança Presidencial registrou um apoio de 44,2% ao presidente na quinta-feira, quando foi divulgada a notícia de que os militares americanos tinham matado al-Zarqawi. Em pesquisas de opinião anteriores, a popularidade de Bush chegou a menos de 30%, faltando cinco meses para as eleições legislativas nas quais estarão em jogo a maioria republicana na Câmara e no Senado.

O general George Casey, comandante das forças dos EUA no Iraque e que também participará das teleconferências, disse que ainda não é possível determinar se a formação de um novo Governo no país permite uma redução do contingente americano no Iraque, atualmente calculado em 130 mil efetivos.

"Na medida em que as Forças de Segurança iraquianas fizerem progressos e o Governo de união nacional levar o país para frente, poderemos ver reduções gradativas nas forças da coalizão nos próximos meses e no ano que vem", disse Casey ao programa "Face the Nation" da rede de televisão CBS.

O general Casey também não descartou a possibilidade de um aumento da presença militar americana, caso seja necessário. "Neste momento, não planejamos isso, mas é possível", indicou. "Eu avalio constantemente a situação e se achar que necessitamos de mais (soldados), pedirei mais. E se achar que preciso de menos, digo ao presidente que necessitamos de menos".

A conferência em Camp David tinha sido programada antes da morte de Al-Zarqawi. O líder da minoria democrata no Senado, Harry Reid, disse em seu pronunciamento radiofônico de sábado que "as tropas e a cidadania dos EUA foram generosamente pacientes à medida que se mantiveram firmes no Iraque sem um progresso visível".

"O presidente nos pedirá muito se espera que façamos o mesmo outra vez", acrescentou. "É preciso que saia algo mais dessa reunião além de belas frases".





Fonte: EFE

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